Ana pediu com fé, e Deus ouviu seu clamor
Por: Maria Gabriela I Arte: Morvan Neto
Nome:
Ana quer dizer cheia de graça, graciosidade ou favor
Época em que viveu:
aproximadamente 1275 antes de Cristo, durante os últimos dias do tempo dos juízes
Textos principais:
1 Samuel 1.1–2.21
Versículo-chave:
Por este menino orava eu; e o Senhor me concedeu a minha petição que eu lhe tinha pedido. Pelo que também ao Senhor eu o entreguei, por todos os dias que viver; pois ao Senhor
foi pedido. E ele adorou ali ao Senhor (1 Samuel 1.27,28)
Um pedido impossível?
Ana é uma personagem da Bíblia conhecida por sua profunda fé em Deus. A história dela é narrada no livro de 1 Samuel, que fala sobre o fim da época dos juízes em Israel. Essa serva do Senhor vivia com o marido, Elcana, nas montanhas de Efraim. Naquele tempo, ter filhos era essencial para dar continuidade ao nome da família e sustentar o lar. Contudo, Ana enfrentava uma dificuldade: ela não conseguia engravidar. Essa situação a deixava abalada.
Fé desafiada
Havia uma pessoa próxima de Ana que, em vez de confortá-la de alguma forma, zombava dela. Seu nome era Penina, a outra esposa de Elcana. Essa mulher tinha filhos, por isso fazia questão de provocar Ana, lembrando-a constantemente do motivo de tanto sofrimento. Vivenciar o que não se deseja já é algo doloroso, imagine alguém falando sobre isso o tempo todo!
Profunda tristeza
Uma vez ao ano, Elcana viajava até a cidade de Siló para oferecer sacrifícios a Deus, cumprindo suas tradições religiosas. Mesmo recebendo o carinho e a atenção do marido, Ana não conseguia esconder sua profunda tristeza. Quando chegava lá, ela chorava muito e não se alimentava. Preocupado, o esposo oferecia porção dobrada de alimento para ela e tentava acalmá-la.
De todo o coração
Apesar de viver um longo período de angústia, Ana acreditava no poder da oração. Certa vez, após ter comido e bebido em Siló, ela tomou uma decisão que mudaria sua história para sempre: orou e fez um voto ao Todo-Poderoso. Em lágrimas, Ana declarou: Senhor dos Exércitos! Se benignamente atentares para a aflição da tua serva [...] e da tua serva te não esqueceres, mas à tua serva deres um filho varão, ao Senhor o darei por todos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não passará navalha.
Quando o silêncio fala mais alto
Naquele instante de clamor, Ana foi observada pelo profeta Eli. Ele achou que ela estivesse embriagada, porque seus lábios se moviam, mas não saíam palavras de sua boca. Porém, ela explicou que não havia bebido, estava aflita, derramando o seu coração diante do Senhor. O profeta viu sinceridade nela e a abençoou, desejando que seu pedido ao Altíssimo fosse atendido. Ana foi embora crendo que o impossível aconteceria.
Ela cumpriu a promessa
Após um tempo, Ana engravidou e deu à luz Samuel. Ela o amamentou até chegar o dia de cumprir com seu voto. Então, voltou ao templo e entregou seu bebê ao profeta Eli, para que o menino servisse ao Senhor. Ana fez isso com o coração cheio de alegria e ainda entoou um cântico de agradecimento a Deus: O meu coração exulta no Senhor, o meu poder está exaltado no Senhor; a minha boca se dilatou sobre os meus inimigos, porquanto me alegro na tua salvação. Ela sabia que havia recebido um milagre. E Deus a abençoou ainda mais: depois de Samuel, Ana teve mais três filhos e duas filhas.
O que aprender com a história de Ana:
– Sempre que estiver triste, fale com Deus.
– Tenha fé mesmo quando todas as circunstâncias forem contrárias.
– Mantenha a palavra que der a Deus ou a alguém.
– Consagre ao Senhor tudo o que for especial para você.