A pequenina vaquita-marinha está em grande perigo de extinção
Por: Sandro Miranda I Arte: Eric Codo e Freepik
Ela precisa de ajuda
Sem exageros, a situação não está boa para a vaquita-marinha, menor cetáceo dos mares. Tanto é que começamos por esse assunto. Essa espécie, de nome científico Phocoenidae sinus, atualmente é um dos animais mais ameaçados de extinção do planeta! Há apenas dez, isso mesmo que você leu, dez delas nadando em lagoas rasas e escuras ao longo da costa do México. A estimativa foi feita pela União Internacional pela Conservação da Natureza (UICN).
Cetáceos são mamíferos que vivem nos mares, oceanos, e até mesmo nos ambientes de água doce de todo o mundo, como golfinhos, botos e baleias.
Ficha do animal
Onde vive:
Norte do Golfo da Califórnia
ou mar Cortez
Tamanho:
de 1,20 a 1,50 metros
Alimentação:
crustáceos, peixes pequenos, polvos e lulas
Características e hábito:
cor cinza nas costas, branca com
manchas cinza no ventre, anéis
escuros ao redor dos olhos
Mas por quê?
A pobrezinha não é alvo de caça, mas, infelizmente, o peixe totoaba é. E isso já faz tempo, desde os anos de 1970, tanto um quanto o outro são considerados ameaçados, porque a vaquita acaba entrando acidentalmente na rede colocada para pegar seu amigo. O comércio internacional de totoaba está proibido, mas a venda ilegal ainda acontece. Isso é péssimo!
Cooperação internacional
Em 2016, os ex-presidentes Barack Obama, dos Estados Unidos, e Enrique Peña Nieto, do México, uniram-se para proteger a vaquita e organizaram um comitê. Você sabe o que é isso? É a reunião de pessoas com um interesse em comum. Nesse caso, o objetivo era salvar a nossa amiguinha. Especialistas foram chamados para desenvolver e pôr em prática tecnologias de pesca segura para a vaquita. Mas não se preocupe! Todos os esforços ainda estão sendo feitos por diversas instituições a fim de conservar a sua existência.
Ela só quer viver em paz...
Provavelmente, por causa dos riscos, a vaquita prefira ficar sozinha no seu mundo azul. Quando está acompanhada, é com seu filhote. Eles devem dar muitas cambalhotas juntos. Sabe como uma vaquita “conversa” com a outra? Emitindo sons agudos. Assim, também percebem o ambiente ao redor, conseguem se movimentar pelo seu habitat e achar comida. Ah, ela não chega perto de embarcações e vai à superfície rapidinho para respirar, por isso é tão difícil observá-la.
A vaquita prefere águas turvas, porque, por terem mais nutrientes, “atraem” os alimentos dela. Bem esperta, não?
...para continuar sua trajetória marinha
Como é difícil ver a vaquita, as pesquisas sobre ela são insuficientes. Por isso, é necessário ir mais a fundo para compreender sua vida. Estimativas afirmam que a espécie, semelhante ao golfinho, vive cerca de 20 anos em boas condições, estando tudo certo ao seu redor. Ela se reproduz no final da primavera ou início do verão. A mamãe carrega o filhote no ventre por 10 a 11 meses, e, geralmente, é um só mesmo. Ele é amamentado por cerca de oito meses até ser capaz de cuidar de si. Que esse ciclo da vaquita possa ter continuidade, porque, como os outros seres marinhos, ela faz parte de um ecossistema em que todos importam.