O hipopótamo-pigmeu tem características diferentes das do seu primo maior
Por: Maria Gabriela I Arte: Eric Codo
Ficha do animal
Onde vive: Oriente Médio e Sudoeste da Ásia. Países, como Índia, Nepal, Paquistão, Afeganistão e Irã
Tamanho: De 40 a 70 centímetros
Alimentação: Pequenos insetos, como besouros, gafanhotos, grilos, moscas e baratas
Solitário na natureza
Esse animalzinho é raro, encontrado apenas nas florestas do interior, em partes da África Ocidental, principalmente na Libéria, e está presente em pequenos números nos países vizinhos de Serra Leoa, Guiné e Costa do Marfim. Ele é herbívoro e um tanto tímido. Curte sair apenas à noite para se alimentar de plantas aquáticas, folhas, tubérculos e frutos encontrados pelo chão.
Descoberta recente?
De nome científico Choeropsis liberiensis, o hipopótamo-pigmeu foi descoberto tarde, em 1840. Tá, é tempo à beça, mas não para a ciência. Ainda hoje, pouco se sabe sobre seus hábitos em seu ambiente nativo, ou seja, o que ele anda fazendo por aí.
Nos menores frascos...
Se for verdade que as coisas boas vêm em pequenas embalagens, o bichinho (está difícil não exagerar no diminutivo) sai na frente de seu familiar mais próximo: o hipopótamo maior. Olhando rápido, o pigmeu pode até parecer uma miniversão de seu parente, porém seu comportamento e suas características físicas são diferentes. Por exemplo: ele permanece bem menos na água. Seus olhos não ficam no topo da cabeça, que é mais redonda e estreita, e seu pescoço é mais comprido. Os pés são menos palmados, então seus dedos se sobressaem, e suas pernas são mais longas que as de seu primo grandalhão.
É só abrir a boca
Ele é uma gracinha, mas... Para espantar os “inimigos”, abre sua boca, em um “singelo” bocejo e, com dentes e presas impressionantes, assusta pra valer. No entanto, ele é mais reservado, você se lembra? Então, prefere mesmo fugir em vez de partir para o ataque. Seu adversário em potencial é o leopardo, o único predador natural capaz de derrotar o pigmeu.
Protetor solar?
A pele fina e lisa do hipopótamo-pigmeu, que o ajuda a ficar fresco na floresta úmida, pode fazê-lo se desidratar rapidamente ao Sol. Porém, como tudo o que Deus fez é perfeito, o mamífero exala um fluido rosa, semelhante a gotas de suor, que proporciona a ele uma aparência brilhante ou molhada. Esse líquido o protege das queimaduras solares. Bem que nós, humanos, poderíamos ter um protetor solar embutido, né?
Cheio de dobras
Na época em que a fêmea está pronta para a procriação, geralmente há um macho esperando nas proximidades. Tanto na água quanto na terra, o hipopótamo-pigmeu pode acasalar. O filhote, que mais parece uma bolinha cheia de dobras, vem ao mundo após uma gestação de seis a sete meses. Os hipopótamos comuns dão à luz debaixo d’água, mas o “bebê” pigmeu fica em terra. Sendo bem cuidado pela mamãe, cresce rápido e, aos cinco meses de idade, já tem cerca de dez vezes seu peso de nascimento.
Risco iminente
As notícias não são nada legais. O hipopótamo-pigmeu é classificado como ameaçado de extinção, com, possivelmente, menos de três mil espécies restantes em seu habitat nativo. Preste atenção nesta triste informação: as florestas, que são a sua morada, estão sendo derrubadas ou queimadas, e os rios onde ele costuma nadar estão poluídos. Em áreas desmatadas, ele é caçado por causa do consumo de sua carne. Logo, é preciso mais proteção, para que esse amigo não desapareça de seu lugar de origem.