Descubra como a cibernética e a realidade virtual estão transformando nosso comportamento
Por: Maria Gabriela I Arte: Eric Codo, com base em imagem gerada por IA
O que é cibernética?
Talvez você nunca tenha ouvido falar dessa palavra, mas ela integra sua vida de diversas formas. Quer ver? O mundo da internet, do qual fazemos parte, foi possível graças à cibernética. Esse campo da ciência começou a ser estudado em 1947, quando Norbert Wiener e Julian Bigelow, com outros especialistas, trabalharam para que a comunicação entre humanos e computadores fosse mais eficiente. Eles queriam tornar as máquinas úteis na guerra, armazenando informações, para que decisões pudessem ser tomadas rapidamente pelos soldados. Isso lhes daria vantagem. Desde então, a cibernética se aprofunda em como os sistemas – biológicos, como o corpo humano, ou tecnológicos, como os computadores – podem ser controlados e regulados.
Mais do que se pode imaginar
Além da internet, outros conceitos surgiram com essa nova visão da tecnologia, como ciborgues e cibercultura.
Os ciborgues são pessoas com partes do corpo feitas de máquinas, porém não são aqueles humanos-robôs dos filmes de ficção científica. Eles foram criados para oferecer melhoria da qualidade de vida e expansão das capacidades humanas. Implantes tecnológicos, como marcapassos para o coração ou aparelhos cocleares para a audição, são exemplos de cibernética aplicada à saúde. Já as interfaces cérebro-computador permitem que dispositivos sejam controlados apenas com o pensamento, criando possibilidades incríveis para pessoas com deficiência.
A cibercultura diz respeito ao ambiente on-line. Compras em sites, aplicativos de banco, de restaurante e de aluguel de carros, livros digitais, jogos interativos e muito mais compõem o contexto digital. Dentro dele, há duas realidades: a virtual (RV) e a aumentada (RA), que alteraram o nosso modo de ver as coisas.
O nome é dispositivo coclear, porque tem a ver com a parte interna do ouvido que parece um caracol. Ele é implantado em pessoas com deficiência auditiva severa. Pequenos eletrodos estimulam os nervos auditivos, permitindo a elas que voltem a escutar sons. Muito legal!
Mundo virtual na palma da mão
A realidade virtual (RV) cria um ambiente novo e digital, onde você pode interagir como se estivesse lá fisicamente. Por exemplo, em um jogo em que a pessoa usa óculos 3D, ela se sente naquele universo fantástico, vendo de pertinho a cena do mar Vermelho se abrindo ou vibrando com Davi na vitória contra o gigante Golias.
A realidade aumentada (RA) vai além, pois adiciona elementos virtuais ao mundo real. Imagine usar um aplicativo que permite observar dinossauros andando pelo seu quintal ou aprender sobre o Sistema Solar, apontando seu celular para o céu. Tanto a RV quanto a RA são usadas em diversas áreas, incluindo a Medicina.
Médicos com “superpoderes”?
Isso é possível a partir de um dispositivo que ajuda esses especialistas a visualizar a ficha do paciente e mais detalhes do órgão que estão operando. Antes, eles precisavam desviar a atenção da cirurgia para acessar essas informações. Agora, com óculos especiais desenvolvidos por empresas de Los Angeles e da Irlanda, as duas realidades – real e virtual – são misturadas. Em cirurgias cerebrais, imagens de artérias, vasos e nervos são completas e possuem marcações coloridas e representações 3D precisas. Vai dizer que isso não é incrível?!
Educação imersiva
As realidades virtuais estimulam a visão, a audição e o tato de uma só vez. Então, os caminhos neurais são formados com uma velocidade maior. É assim que se constroem o conhecimento e a memória. Imagine embarcar nas caravelas do conquistador Pedro Álvares Cabral e ver as belezas naturais que os portugueses tiveram o privilégio de contemplar quando chegaram às terras brasileiras! A RV e a RA transformam o aprendizado da História e da Geografia em uma aventura interativa. Usando esse recurso, estudantes podem fazer visitas virtuais a museus ou participar de simulações científicas.
Mudanças para melhor
Essas tecnologias se expandiram de maneira grandiosa, criando um “planeta on-line” e um futuro que já começou. Esse aspecto pode parecer ruim para o contato humano. No entanto, abre portas para o mundo inteiro se comunicar, aprender com diferentes culturas e ampliar o conhecimento. As possibilidades de melhorias nos modos de vida são inúmeras, e isso é só o começo!