Descubra a importância desse grandioso evento e conheça alguns atletas brasileiros presentes nos Jogos!
Por: Sandro Miranda I Arte: Rafael Barsottelli e Freepik
Grande festa dos esportes
Em 2024, Paris, capital da França, será o palco dessa extraordinária festa do esporte, de 28 de agosto a 8 de setembro. O evento contará com 185 Comitês Paralímpicos Nacionais, 22 esportes, 18 locais de competição, 4.400 atletas e mais de 3 milhões de espectadores. Uau!
Não eram Jogos Paraolímpicos? Sim! Porém, em 2011, o Comitê Paralímpico Internacional (IPC) decidiu mudar o termo oficial Paraolímpicos para Paralímpicos, com o objetivo de se aproximar mais da palavra em inglês Paralympic. Com isso, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) também estabeleceu essa mudança, passando a adotar a nova nomenclatura.
Muito mais do que medalhas
Mais do que uma competição por medalhas de ouro, prata e bronze, as Paralimpíadas têm um propósito maior: mostrar que pessoas com deficiência são capazes de praticar esportes de alto nível. Um dos pilares do evento é conscientizar a comunidade global de que elas podem ter uma vida ativa, saudável e plenamente adaptada, devendo ser tratadas por todos com respeito e dignidade. Sua realização derruba preconceitos e promove a inclusão, reunindo atletas do mundo inteiro.
O termo correto a ser usado é pessoa
com deficiência (PCD). Não utilize pessoa
portadora de deficiência (PPD) ou portador
de necessidades especiais (PNE), pois essas
expressões são inadequadas e não refletem
a realidade de quem tem uma deficiência.
Inclusão significa garantir que todas as pessoas, independentemente de suas características físicas, mentais, sociais ou culturais, tenham as mesmas oportunidades em sociedade. É realizar mudanças para todos se sentirem bem-vindos e acolhidos.
Todos podem jogar!
Nos Jogos Paralímpicos, todos podem participar da prática esportiva, não importa quem seja, de onde venha ou quais desafios enfrente. Para que os atletas com diferentes tipos de deficiência possam competir de maneira justa e segura, são estabelecidas várias medidas. Entre elas, está a classificação funcional, que organiza os competidores com base no tipo e grau da deficiência deles. Além disso, as instalações são adaptadas com rampas, elevadores, vestiários e outros elementos de acessibilidade. Há também regras específicas para cada esporte e equipamentos adaptados, como cadeiras de rodas esportivas (utilizadas em competições de basquete, rugby e atletismo) e bolas sonoras (usadas em atividades, como o goalball, em que a bola emite som para atletas cegos poderem localizá-la). Isso é fantástico!
História de sucesso
Os primeiros Jogos Paralímpicos aconteceram em 1960, em Roma, na Itália. A partir daí, a competição se tornou um dos maiores eventos esportivos do planeta! A primeira participação brasileira aconteceu em 1972, e, desde então, nosso país se tornou uma potência paralímpica, com diversos atletas subindo ao pódio.
Em 2023, no Chile, a delegação brasileira conquistou nada menos do que 343 medalhas durante o Parapan-Americano disputado na capital, Santiago, sendo 156 ouros! Foi a melhor campanha do Brasil na história da competição!
Nossos campeões em Paris
A Turminha da Graça conversou com atletas paralímpicos brasileiros que estarão no Jogos de 2024 e possuem chances reais de conquistar medalha. Conheça alguns deles e prepare a torcida pelos nossos campeões!
Arthur Silva – Judô (@arthursilvajudoca)
Número um do mundo em sua categoria, o judoca vem com tudo em busca da primeira medalha paralímpica! Aos 32 anos, Arthur vive uma fase extraordinária: de 53 lutas, ele ganhou 51. “Eu me considero pronto e capacitado para representar o nosso país. A responsabilidade é grande, e a expectativa é de ser campeão. Acredito que o trabalho tenha sido bem-feito para isso”, afirma o atleta, natural do Rio Grande do Norte (RN).
Para o potiguar, além de subir ao pódio, é essencial servir de inspiração para mostrar às pessoas a importância da disciplina. “É algo que precisamos ter em nossa vida profissional, estudantil e, principalmente, cristã. Afinal, disciplina é cumprir com o que sabemos que é certo, mesmo quando não temos um pingo de vontade de fazer”, pontua o judoca.
Vanessa Cristina – Ciclismo (@vanessacri.oficial)
Finalista em Tóquio 2020, a paulista Vanessa Cristina está vivendo um dos seus momentos mais especiais. Aos 34 anos, ela acredita que chegou a hora de subir no lugar mais alto do pódio. “A expectativa está a melhor possível, até porque estamos treinando muito. Foi difícil conseguir essa vaga, então tenho certeza de que faremos um bom trabalho para representar o Brasil”, diz.
A ciclista espera que a sua luta sirva de inspiração: “Para mim, é gratificante inspirar as pessoas e mostrar a elas que não importam os obstáculos. Quando se corre atrás, é possível realizar sonhos”.
Thalita Simplício – Atletismo (@thalita.simplicio)
Multimedalhista mundial, Paralímpica e Parapan-Americana. Também potiguar, Thalita Simplício conta com um currículo incrível: “Estou indo para a minha terceira Olimpíada, uma responsabilidade bem maior”, afirma.
Tricampeã mundial, a atleta chega aos Jogos de Paris mais experiente e bem preparada, tanto física quanto psicologicamente. Ela fez questão de deixar um recadinho para os leitores da Turminha: “Crianças, o nosso sonho tem que ser colocado como objetivo. Nunca tratem o outro mal, só porque ele é diferente. Pelo contrário, todos nós somos diferentes, com ou sem deficiência, e todo mundo tem valor próprio”, afirma Thalita, de 27 anos.
Edelson Ávila (@edensol.avila)
Entre as inúmeras competições que chamam a atenção do público, está o atletismo com pessoas cegas. Como será que elas se orientam para não sair da pista? É aí que entra o atleta-guia, profissional extremamente dedicado que acompanha os atletas paralímpicos e mantém o ritmo deles até cruzarem a linha de chegada. Um dos atletas-guia brasileiros convocados para estar em Paris é o Edelson Ávila, de 28 anos. Campeão mundial nos 1.500 metros e vice mundial nos 5.000 metros, ele destaca a relevância do seu trabalho. “Ser atleta-guia é algo único. Você começa a ter uma percepção diferente da corrida e da vida, aprende coisas novas. É uma profissão interessante de exercer”, exalta Edelson, natural do Mato Grosso do Sul (MS).
Ele garante que o seu papel não é apenas o de guiar o atleta dentro das pistas, mas também fornecer suporte fora delas. E deixa uma mensagem aos nossos leitores: “Parabéns para as crianças e os adolescentes que gostam de esporte. Sigam nesse caminho, porque o esporte é algo que proporciona alegrias e conquistas. Não tenham medo de sonhar e de buscar seus sonhos”.
Por mais atletas paralímpicos
O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) tem uma iniciativa inovadora para pessoas com deficiência em todo o Brasil: a página oficial Quero ser um atleta, destinada a quem pretende se envolver no esporte paralímpico, desde a base até o alto rendimento. Conhece alguém que deseja se tornar um atleta paralímpico de elite? No endereço on-line (https://cpb.org.br/o-comite/quero-ser-um-atleta/), há mais informações de como se inscrever e quais associações procurar. De acordo com o próprio CPB, atualmente existem mais de mil associações, em todas as regiões do Brasil, trabalhando o desporto para pessoas com deficiência.
Inclusão nas escolas e comunidades
As escolas e comunidades devem se inspirar nos Jogos Paralímpicos para promover a inclusão. Entre as diversas abordagens, elas podem organizar atividades recreativas em que todas as crianças, com e sem deficiência, brinquem e aprendam juntas. Isso cria um ambiente mais acolhedor e divertido!
Esperamos que você esteja com tanta empolgação quanto a nossa Turminha para os Jogos Paralímpicos de Paris 2024! Para ficar por dentro da participação dos atletas brasileiros, vale a pena seguir o Instagram do CPB (@brasilparalimpico), curtir as postagens e incentivar a galera. Vamos juntos celebrar a inclusão e aplaudir os nossos campeões!
6 Comments
Oi meu nome e Ana e tenho 10 anos e sobre a paralimpiadas são muito importante para as pessoas com deficiência mostrar que ela podem jogar ser tratadas com respeito dignidade e muito mais
Isso mesmo, Ana! Todos têm o direito de ser tratados com respeito! Jesus a abençoe!
Só muitos fã do seu desenho amo muito
Turminha da graça ❤️
A Turminha agradece o carinho, Joaquim!
Amo muito os personagens
Oi, Joaquim! A Turminha da Graça ama você em Cristo Jesus! Continue acompanhando nossos personagens. Deus o abençoe!