O oitavo juiz libertou os israelitas da opressão dos amonitas
Por: Maria Gabriela I Arte: Rafael Barsottelli
Deixado de lado
Jefté, da tribo de Gade, julgou os israelitas por seis anos. Sua história está registrada em Juízes, do capítulo 11 ao 12, versículo 7. Mas, antes de chegar a um posto tão nobre, esse juiz enfrentou uma situação familiar difícil. Filho de Gileade – seu pai tinha o mesmo nome da região em que viviam –, Jefté não era aceito pelos meios-irmãos. Quando esses meninos cresceram, não foram nada legais com ele, mesmo sendo o mais velho de todos. Assim que o patriarca faleceu, com medo de perder parte da herança, os irmãos expulsaram Jefté de seu povoado.
Jefté vem da forma hebraica Yiftach e, possivelmente, significa Deus abre ou Deus livra, porque há outras traduções. Sua tribo pertencia a Gade, sétimo filho de Jacó. Na divisão das terras para os herdeiros do patriarca, a tribo de Gade ficou com a região além do rio Jordão, a terra de Gileade.
Seguiu seu caminho
Jefté foi para Tobe, terra a leste do rio Jordão e a sudeste do mar da Galileia. Lá, ele se juntou aos que a Bíblia chama de levianos, que podem ser descritos como malfeitores, e se tornou o líder desse grupo. Tempos depois, o rei Amom entrou em guerra contra Israel. E, precisando de ajuda, os anciãos procuraram Jefté, porque ele era valente e valoroso.
Anciãos
Eram pessoas com autoridade perante o povo (Gênesis 50.7). Esses homens influentes estavam presentes em decisões importantes de assuntos públicos.
Volta por cima
A primeira ação de Jefté foi lembrar-lhes que havia sido colocado para fora de casa, longe de sua gente. Porém, depois ele concluiu que seu povo iria querê-lo de volta, pois estava com problemas. A proposta dos anciões foi muito boa, eles disseram que Jefté seria o juiz sobre a região de Gileade. Diante disso, ele aceitou liderar o exército na batalha.
Negociação de paz
Jefté não entrou no confronto imediatamente, antes mandou uma mensagem para o líder dos amonitas tentando negociar a paz. No entanto, seu pedido foi recusado. Para sair vencedor do conflito, ele fez um voto ao Senhor: Se totalmente deres os filhos de Amom na minha mão, aquilo que, saindo da porta de minha casa, me sair ao encontro, voltando eu dos filhos de Amom em paz, isso será do Senhor [...]. Após a promessa, ele foi combater os inimigos e teve sucesso, derrotando-os.
Amonitas
Esse povo era descendente de Ben-Ami, filho de Ló, sobrinho de Abraão. Mesmo tendo parentesco com os israelitas, os moabitas sempre estiveram em conflito com o povo de Deus, aliando-se a outros grupos, como os moabitas e amalequitas, contra Israel.
Depois desse episódio, a tribo de Efraim ficou ofendida por não ter sido chamada para guerrear contra os amonitas. Jefté
entrou em combate com Efraim e também o venceu. Daí, veio a expressão: chibolete, que era um código gileadita para os efraimitas não passarem pelo rio Jordão. Os efraimitas não conseguiam pronunciar a palavra, logo eram identificados e capturados.
Sem sacrifício
Quando retornou para casa, a primeira pessoa que Jefté viu foi sua única filha. Muitos teólogos dizem que a jovem foi entregue para servir a Deus por toda a sua vida, não podendo se casar nem ser mãe. O voto que Jefté fez não significa que, para ter um pedido realizado, é necessário oferecer algo ao Criador. Pelo amor que tem por Seus filhos, o Senhor está sempre disposto a dar-lhes tudo sem nenhum sacrifício em troca. É importante apenas confiar nEle e seguir a Sua direção.
2 Comments
Muito boas as explicações.
De muito bom entendimento.
Oi, Sidiclei! Todo o conteúdo é muito bem pensado para que não somente as crianças , mas também todos que leem os textos gostem muito e aprendam para valer. Agradecemos muito o seu comentário! Deus o abençoe!