

Por: Natan Souza | Arte: Morvan Neto

Época de cavaleiros e castelos
O Renascimento ocorreu logo após a Idade Média, entre os séculos 14 e 16. Como sabemos, esse momento foi marcado por intensas transformações culturais, sociais e religiosas na Europa. Enquanto todas essas mudanças aconteciam, a música marcava sua presença. Em 1517, a Reforma Protestante, com as 95 teses de Martinho Lutero, influenciaria o papel da música na espiritualidade.
Uma só voz
Durante os séculos anteriores, na Idade Média, a Igreja Católica foi a instituição responsável por apresentar as artes, e a música sacra era dominada pelo canto gregoriano — monofônico (com apenas uma melodia) —, e sempre cantada em latim. Porém, com o Renascimento, os músicos começaram a explorar a polifonia. Essa técnica tem como principal ferramenta sobrepor várias linhas melódicas independentes. Isso quer dizer que as vozes poderiam cantar melodias diferentes ao mesmo tempo.
Palavra mais simples
Compositores, como Josquin des Prez, Giovanni Pierluigi da Palestrina e Orlando di Lasso, trouxeram tanto a apreciação sonora quanto a clareza da Palavra Sagrada.
No cultos, Lutero defendia o uso da música em língua vernácula, ou seja, a língua que a maior parte das pessoas aprendeu a falar desde o nascimento. Ele propunha hinos com melodias simples que permitissem a participação ativa dos fiéis. Assim, nasceram os corais luteranos, que expandiram uma nova forma de música religiosa acessível e didática.
Muitas vozes
Do ponto de vista artístico e musical da época, a polifonia foi uma ótima técnica desenvolvida na Renascença. Imagine só, o que antes era cantado apenas em uma única voz, agora poderia ser entoado em várias vozes e em diferentes melodias. Para nós, que vivemos no século 21, isso pode parecer um tanto simples, porém, para os contemporâneos daquele período, o desenvolvimento da polifonia foi um grande passo na evolução da arte musical.
Você deseja entrar em um desafio renascentista? Consegue cantar a melodia de uma música enquanto seu amigo canta outra? Faça o teste e se divirta como se estivesse no período Renascentista.