Enquanto satélites revolucionam a vida na Terra, detritos se acumulam em nossa órbita, gerando ameaças e desafios inéditos
Por: Sandro Miranda I Arte: Freepik
Como tudo começou...
Ao longo das últimas décadas, o aumento da tecnologia e da descoberta espacial trouxe inúmeros benefícios à humanidade. Satélites de comunicação, observação da Terra e exploração científica ajudaram no entendimento sobre o Universo e melhoraram nosso cotidiano. No entanto, com esses avanços, surgiu um problema inesperado: o lixo espacial. Já ouviu falar sobre ele?
O primeiro a alcançar o espaço foi o Sputnik, lançado pela antiga União Soviética na década de 1950. Desde essa época, estima-se que 28 mil satélites tenham sido lançados. Eles apresentam funções variadas, como a transmissão de sinais de TV, rádio, internet e telefone, a previsão do tempo e o monitoramento das florestas.
Satélites, foguetes e... lixo!
O lixo espacial é formado por objetos feitos pelo homem que orbitam a Terra e não têm mais função. Isso inclui satélites fora de operação, partes de foguetes, fragmentos resultantes de colisões e até ferramentas perdidas por astronautas durante missões espaciais. De acordo com a Agência Espacial Europeia (ESA), existem 130 milhões de objetos orbitando o globo! A maior parte é pequena, do tamanho de uma unha ou de um grão de areia. Entretanto, há outros itens bem grandes, de dimensões semelhantes às de um ônibus ou uma geladeira. Dá para acreditar?
Atualmente, 500 mil pedaços de lixo espacial, com um centímetro ou mais de diâmetro, podem estar orbitando nosso planeta. Isso sem contar os mais de 23 mil objetos com 10 centímetros ou mais. E eles estão se movendo a uma velocidade que pode ultrapassar 28 mil quilômetros por hora. Esse número é muito superior à velocidade que qualquer avião, trem ou carro pode atingir.
Perigos espaciais
Cuidar do lixo espacial é urgente, porque ele pode causar danos significativos ou destruir satélites ativos e naves espaciais. Além disso, esses detritos na atmosfera aumentam o risco para as missões espaciais, incluindo aquelas com tripulação, como a Estação Espacial Internacional (ISS), a maior estrutura já montada no espaço.
Buscando soluções
A gravidade dessa questão levou a comunidade internacional a considerar diversas soluções. Elas incluem propostas para impor regulamentações mais rigorosas sobre satélites e foguetes, a fim de reduzir a geração desses resíduos e incentivar o desenvolvimento de tecnologias para limpar o lixo espacial. Sim, um satélite para fazer a faxina! Isso não é o máximo?
Infelizmente, ainda não existem soluções para essa situação. O que os especialistas podem fazer é evitar que o lixo espacial aumente. Para isso, devem seguir algumas regras e criar estratégias, como programar os satélites para passarem bem longe da Terra quando não tiverem mais utilidade. Essas rotas são chamadas de “órbitas-cemitério”. Também é possível controlar e monitorar os objetos no espaço, buscando saber a direção deles. Assim, evita-se que esses detritos batam em algo ou caiam em lugares perigosos.
O primeiro a alcançar o espaço foi o Sputnik, lançado pela antiga União Soviética na década de 1950. Desde essa época, estima-se que 28 mil satélites tenham sido lançados. Eles apresentam funções variadas, como a transmissão de sinais de TV, rádio, internet e telefone, a previsão do tempo e o monitoramento das florestas.