
Você sabia que o xadrez é considerado um esporte? Dê só uma conferida!
Por: Sandro Miranda | Arte: Rafael Barsottelli

Protejam o rei!
O xadrez é conhecido como o “esporte da mente”. Tanto que, durante a partida, todos fazem silêncio absoluto. É concentração total! Nele, duas pessoas se enfrentam em um tabuleiro com 64 casas. Cada jogador tem 16 peças à sua disposição: um rei, uma dama, duas torres, dois bispos, dois cavalos e oito peões. O objetivo? Proteger o seu rei e atacar o rei do adversário até conseguir o famoso xeque-mate, que é quando o rei não tem mais para onde fugir.
No linguajar do esporte, quem pratica xadrez é enxadrista (ou xadrezista).

Muito mais antigo do que você imagina
Acredita-se que o xadrez tenha nascido há muitos séculos na Índia. Era um jogo antigo chamado chaturanga, que representava exércitos em batalha. Com o tempo, ele foi se espalhando pelo mundo: passou pela Pérsia (atual Irã), onde foi nomeado de shatranj. Lá pelo século 15, chegou à Europa, e, aos poucos, foi tomando a forma e ganhando as regras que usamos até hoje.
Reconhecimento mundial
O xadrez ficou tão importante com o passar do tempo que, atualmente, é reconhecido pelo Comitê Olímpico Internacional como um esporte oficial. Existem federações de xadrez em vários países, inclusive no Brasil. E há até Olimpíadas de Xadrez, com equipes representando suas nações!
Alguns países se destacam muito nesse esporte, como a Noruega, a Rússia, a Índia, os Estados Unidos e a China. Nesses lugares, o xadrez é levado tão a sério que muitas crianças aprendem a jogar ainda bem pequenas.
Homem versus máquina
Em 1997, o mundo do xadrez parou para assistir a um duelo histórico: de um lado, Garry Kasparov, considerado um dos maiores campeões de todos os tempos. Do outro, a Deep Blue, um supercomputador criado por engenheiros da IBM.
Foi a primeira vez que um computador venceu um campeão mundial de xadrez em uma série de partidas. A máquina pensava rapidíssimo e analisava milhões de possibilidades por segundo. Kasparov venceu algumas rodadas, mas acabou perdendo o confronto geral. Foi um marco na história do xadrez e também da tecnologia!
Depois disso, muitos enxadristas começaram a treinar com essas máquinas. Hoje, com a evolução da inteligência artificial, os programas de xadrez ajudam até os campeões a melhorar o nível dos jogos deles.
Como se joga?
O tabuleiro tem 64 casas, claras e escuras. Cada peça tem um jeito diferente de se mover: o rei anda uma casa por vez, em qualquer direção. A dama (ou rainha), a peça mais poderosa, move-se por linhas retas e diagonais. As torres andam em linha reta para frente, para trás ou para os lados. Os bispos se deslocam na diagonal. Já os cavalos se movem em forma de “L” e podem pular outras peças. Os peões andam uma casa para frente (ou duas, se for o primeiro movimento) e capturam na diagonal.
O jogo termina quando um dos reis fica sem saída: é o xeque-mate! Mas também pode acabar em empate, caso nenhum dos dois consiga vencer.
Que tal começar hoje mesmo?
Existem aplicativos, jogos de tabuleiro e clubes onde você pode aprender a jogar. Talvez, na sua escola ou igreja, já tenha alguém que saiba, então que tal convidar para uma partida? Além de se divertir, você exercitará a mente e viverá uma experiência que atravessa séculos de História. E lembre-se: no xadrez e na vida, quem anda com sabedoria e não perde o foco sempre encontra um bom caminho!