Um prato colorido e saudável para você se divertir!
Por: Sandro Miranda I Arte: Freepik I Foto: Arquivo pessoal
Comer ou não?
Você é daquelas crianças que só querem comer as mesmas coisas, sem mudar nunquinha? Só pensa em batata e ovo de manhã, à tarde e à noite? Ou, então, tem pouquíssimo apetite e deixa de devorar aquele prato bonito com salada, verduras e carninha? Tomara que não! Chamamos isso de seletividade alimentar. Em outras palavras, é a recusa por novos alimentos ou o medo de experimentá-los. Mas há uma solução! Vamos seguir um caminho de aprendizado que fará você repensar esse hábito, combinado? Se esse não for o seu caso, talvez você ajude um amigo depois de acompanhar as nossas dicas!
Diversidade é a palavra
Quando o bebê completa seis meses, além do leite, os pais incluem outras possibilidades nas refeições do pequenino. Nessa etapa, o maior número de itens saudáveis é apresentado a ele. Mas o que seriam essas opções? Acertou se pensou nas frutas, nos legumes e nas verduras. Sabe como eles são chamados? Alimentos in natura, ou seja, fornecidos pela natureza. Eles não têm nada a ver com os processados (enlatados e embalados com adição de substâncias, como corantes e conservantes), feitos para durarem muito tempo.
Para além de não gostar
A seletividade é tão específica a ponto de a pessoa só aceitar os mesmos alimentos com certa textura e tempero e em pouca quantidade. Não confunda com preferência! Nela, há interesse maior por determinados alimentos, mas os oferecidos no dia a dia são aceitos sem problema. Isso se encaixa quando você gosta mais de beterraba do que de cenoura, porém consome a cenourinha ralada ou cozida se estiver na salada.
Há casos mais sérios em que existe o medo do alimento e até ânsia de vômito por causa dele. Isso é considerado uma neofobia. Mas caaaalma! Felizmente, a seletividade e a neofobia podem ser tratadas. Existem profissionais qualificados, como nutricionistas, nutrólogos, endocrinologistas, psicólogos e arteterapeutas, que fazem um excelente trabalho nesse aspecto. Aliás, só os especialistas podem diagnosticar esses transtornos.
Consequências da seletividade
Com o passar do tempo, comer poucos tipos de alimentos, principalmente os que não ajudam o corpo a se desenvolver, gera deficiências nutricionais. Isso quer dizer que haverá falta de vitaminas, minerais e proteínas (carnes, peixes, ovos, laticínios, leguminosas, sementes, entre outros), o que prejudica a saúde. A prova disso é quando pegamos resfriados facilmente ou nos sentimos sem ânimo para brincar! Fora os estresses emocionais em casa, pois os pais ficam preocupados. Esse comportamento restritivo pode também levar a família a deixar de participar de eventos e comemorações, causando o isolamento social.
Os primeiros passos para a mudança
A nutricionista Catiane Silveira dos Santos acredita nos bons exemplos dentro do lar. “É essencial que as pessoas que convivem com as crianças tenham uma alimentação equilibrada”, afirma. Ela defende a variedade de alimentos saudáveis. Assim, devemos evitar as “besteiras”: os alimentos gordurosos e ricos em açúcar e sal. “É interessante a apresentação dos pratos e a busca por novas receitas”, ensina Catiane, mãe do bebê Matheus Isaac, de seis meses, e do menino Filipe, de dez anos, frutos do seu casamento com o Pr. Maiquel Marques, líder estadual da Igreja internacional da Graça de Deus (IIGD) no Rio de Janeiro.
Você participa do preparo das refeições na sua casa? Essa é mais uma dica da especialista. Fale com seus pais para você ajudá-los, de vez em quando, na cozinha, ou peça que levem você ao supermercado com eles. Dessa maneira, eles lhe darão orientações sobre boas escolhas de compra. No caso de Filipe, desde pequeno, foi incentivado pelos pais a ter bons hábitos ao comer. “Compreendendo a importância de uma alimentação saudável e dos benefícios disso, a criança fará ótimas escolhas na vida adulta”, recomenda a nutricionista, que fala mais sobre a sua profissão no Instagram (@nutri_catiane).
Quanto mais conhecimento, mais entendimento
Você sabe por que consegue sentir o gosto da comida? Isso acontece graças a pequenas regiões na sua língua chamadas de papilas gustativas! Elas são como botõezinhos que nos ajudam a perceber os diferentes sabores.
Cada papila é um sensor especial que detecta os quatro sabores básicos: doce, salgado, amargo e azedo. Quando a comida entra na nossa boca, esses mecanismos inteligentes mandam sinais para o nosso cérebro, que nos diz o que estamos comendo e se é seguro ou não fazer isso. Um alimento azedo ou amargo demais pode estar estragado. Ainda bem que existem esses sinais, porque assim podemos aproveitar bem as refeições!
Diferentes sabores
Os quatro sabores básicos são: doce, salgado, amargo e azedo.
O doce é encontrado em alimentos, como açúcar, mel, frutas maduras e chocolate ao leite. Muitos o apreciam, porque proporciona uma sensação de prazer.
O salgado sentimos em alimentos que contêm sal, como batatas fritas, pipoca e biscoitos. Esse mineral é importante para o nosso corpo, mas é bom não exagerar!
O amargo está presente no café, cacau, brócolis e em algumas verduras. Nem todo mundo gosta de senti-lo, porém ele cumpre uma função nutricional importante, e inúmeras pessoas o acham interessante!
O sabor azedo é encontrado em alimentos, como limão, laranja e iogurte natural e em outras frutas. Muitos até franzem o rosto ao senti-lo, enquanto outros encaram o desafio sem problemas.
Que tal um prato colorido?
Imagine seu prato como um arco-íris! Além de divertido, ele representará uma refeição equilibrada.
Os alimentos verdes, como brócolis e espinafre, fornecem vitaminas e minerais indispensáveis ao metabolismo do corpo. As cenouras e abóboras, que são laranjas, contêm vitamina A, boa para nossos olhos e nossa pele.
Os alimentos vermelhos, como tomates e morangos, têm muita vitamina C, que nos ajuda a ficar saudáveis e a nos recuperar mais rápido de resfriados. Já os alimentos roxos, como berinjela e uvas, têm antioxidantes que auxiliam na proteção do nosso corpo contra doenças.
Da próxima vez que for se alimentar, prepare um prato parecido com uma aquarela. Assim, você dará ao seu corpo os nutrientes essenciais para se tornar a criança alegre, esperta e brincalhona, que enche de orgulho o Criador e, obviamente, os seus pais!
Seletividade alimentar e o
Transtorno do Espectro do Autismo
As pessoas que apresentam Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) sentem e entendem o mundo de maneira única. Elas podem ser sensíveis a determinados sons e cheiros e a algumas cores. Por isso, são mais propícias a desenvolver a seletividade alimentar. Pesquisas mostraram que 89% das pessoas com autismo recebem o diagnóstico desse problema. Mas veja que legal: no Brasil, existem projetos de lei para melhorar a alimentação desse grupo. No Rio de Janeiro, por exemplo, foi criado o Programa de Terapia Nutricional para Pessoas com Transtorno de Espectro Autista. Um dos objetivos da iniciativa é desenvolver boas estratégias alimentares para essa parcela da população e ajudar os papais e as mamães dos nossos queridos amigos com TEA!
O Desafio dos Sabores
Atenção, atenção! Sabemos que você se amarra em um desafio. E este é para realizar em casa com a família!
Segue a nossa sugestão:
1. Escolha os alimentos do mês: todos devem se reunir com esse objetivo. Podem entrar na votação frutas, como kiwi e abacate, semente de quinoa ou até mesmo uma comida de outro país.
2. Deguste: ao longo do mês, o desafio será experimentar, pelo menos, um desses novos alimentos.
3. Compartilhe a experiência: após experimentar o novo alimento, é hora de contar como foi! Você pode se expressar com desenhos, escrever uma história divertida sobre a sua aventura gastronômica ou apenas tirar uma fotografia.
4. Premiação: quem participar do Desafio dos Sabores e compartilhar as experiências será reconhecido. Também poderá receber certificados especiais, adesivos legais ou pequenos prêmios relacionados à alimentação saudável!
2 Comments
É muito bom! Eu assisto todos dia. Aprendi com esse canal e com a igreja que, com Jesus, nossa vida faz a diferença. Esse canal me deu muito conhecimento e também tô muito ansioso para ler os gibis com o Midinho. Eu gosto muito desse desenho, ele é muito bom, mas também eu sou criança bem educada na força de Deus.
Arthur, você é um menino muito educado mesmo, muito abençoado e temos certeza de que muito querido pelas pessoas que convivem com você! Deus o abençoe!