

Saiba como desfazer essa nuvem de pensamentos que
o medo constrói!
Mente cheia
Você já ouviu falar no Ygor Marçal? Ele tem 12 anos e uma vida muito legal: é ator, dublador e escritor! Ele aparece na TV, no cinema e no teatro, além de reunir mais de 175 mil seguidores no Instagram. Parece um sonho, né? Mas, mesmo com todo esse sucesso, existe um lado não tão divertido: a ansiedade. Com uma rotina intensa de trabalho e escola, Ygor enfrentou fases difíceis, marcadas pelo preconceito e pela autocobrança excessiva. “Ano passado, tive sérios problemas de ansiedade e autoestima por causa do racismo na escola”, ele contou.

Ygor Marçal: contra a ansiedade, buscou força em Deus e na arte
Deus é sempre refúgio

Ygor pertinho de sua querida e protetora família
A família de Ygor procurou a direção do colégio para cobrar atitudes firmes sobre o episódio. A irmã dele, Fernanda Ribeiro, 24 anos, também dubladora, fez uma postagem nas redes sociais exigindo providências. No fim, a decisão de Ygor foi mudar de colégio.
Para se recuperar, ele buscou força em Deus e em algo que ama: a arte. “Criei mais dois livros!”, disse. Um deles se chama Amor sobre rodas, uma história emocionante sobre sonhos, desafios e a amizade entre pai e filho. “Também leio bastante e me apego a Deus, porque sei que só Ele pode me ajudar, e ajudar muita gente neste tempo em que vivemos”, declara o ator, que, ao lado da família, é membro da Igreja Novos Começos, localizada na Barra da Tijuca. Rio de Janeiro.
O segredo da mãe do Ygor: brincar junto!
A mãe do Ygor, Andréa, de 52 anos, é superatenta. Mesmo na correria entre casa, trabalho e educação dos filhos, ela sabe que combater a ansiedade é uma missão diária. Para melhorar o foco e a concentração, nosso amigo faz um curso especial, uma espécie de ginástica para o cérebro no tablet. No entanto, o que realmente faz diferença é a “mãe criança”, como Andréa gosta de dizer! Se o filho fica ansioso por não estar gravando, ela entra no jogo e brinca com ele. Quando ele se lembra de algo que o deixou triste, ela prepara um cineminha em casa. Nas horas de tela liberada, ela o acompanha de perto. Quando a tela não pode, entram os livros. Ela declara que vai “driblando esses momentos com carinho e alternativas.” Que mãe incrível!

O que é ansiedade, afinal?
A ansiedade é um sentimento de alerta que surge no seu interior quando você está esperando algo novo (como o Natal) ou quando algo preocupa você demais. Um pouco de ansiedade é normal (quem não fica ansioso antes de uma prova?). O problema é quando ela começa a atrapalhar a sua rotina. E isso tem acontecido cada vez mais com crianças e adolescentes em todo o Brasil nos últimos dez anos.
Essa informação é da Rede de Atenção Psicossocial do SUS (o nosso Sistema Único de Saúde, que é a saúde pública do Brasil). A pesquisa desse grupo mostrou que, de 2013 a 2023, mais crianças e adolescentes começaram a ser diagnosticados com ansiedade e outros transtornos emocionais do que os adultos. É como se, de repente, a saúde mental dos jovens tivesse ficado mais em evidência do que a dos mais velhos. Por causa disso, as clínicas e os consultórios de psicologia começaram a atender mais as crianças e os adolescentes.
Fique de olho nos sinais!
Seu corpo é um presente de Deus e avisa quando algo não está legal. Preste atenção:
Sinais físicos — dor de cabeça, dor de barriga (sem ter comido algo ruim), mãos suando ou dificuldade para dormir.
Sinais emocionais — ter irritação facilmente, ter medos exagerados, crises de choro sem motivo ou vontade de se isolar.

O celular é um “vilão”?
Especialistas alertam: passar tempo demais nas telas (celular, videogame, TV) prejudica a sua saúde mental, principalmente para quem tem entre 10 e 14 anos. A psicóloga Sandra Machado explica: o excesso de estímulos cansa o cérebro, atrapalha o sono (e dormir bem é superimportante) e reduz o tempo de correr, pular e de conversar com a família. Mas a doutora, que é mãe do Matheus, um menino de seis anos, diz que a solução é simples e divertida: brincar! Então, o que ajuda muuuito é você estar ao ar livre (no parque, na praça), o que é ótimo para o corpo, a mente e a criatividade. Estar em casa também, pois lá você pode: desenhar, pintar, ler um livro ou escrever histórias.
Ela põe limites para o pequeno Matheus e fala com ele algo interessante: “Explico a ele o motivo das regras que passo. E o incentivo a expressar o que sente, criando um espaço seguro para compartilhar medos e alegrias.”

A psicóloga Sandra Machado ao lado do filho Matheus: criança precisa brincar
Como pedir ajuda?
Se a ansiedade estiver muito forte e persistente, é hora de buscar o auxílio de um profissional (como um psicólogo).
Procure ajuda se você notar:
- Ansiedade frequente.
- Muita tristeza ou agressividade.
- Problemas para dormir ou para comer.
- Vontade de se isolar e não conseguir lidar com as emoções sem apoio.
O poder da família e de Deus
Jesus ensinou sobre amor e acolhimento: Deixai vir os pequeninos a mim e não os impeçais, porque dos tais é o Reino de Deus (Marcos 10.14). A sua família pode ajudar criando um lar seguro e amoroso. Como? Escutando seus medos sem julgamentos, mostrando que você não está só, criando rotinas saudáveis e reservando períodos para dormir, brincar e orar juntos.
Lembre-se: você pode sentir a ansiedade, mas não é a ansiedade! Quando ela aparecer, respire fundo, converse com seus responsáveis e abra o seu coração para Deus. A Bíblia diz: Lancem sobre ele toda a sua ansiedade, porque ele cuida de vocês (1 Pedro 5.7 — NVI). Você é forte, amado e amada e pode vencer qualquer desafio com fé e coragem!




