Entenda o papel vital do peixe-lua nos ecossistemas!
Por : Maria Gabriela I Arte: Eric Codo
Impossível não olhar
Você já ouviu falar do peixe-lua? Ele nunca passa despercebido, pode ter certeza! Pertencente à família Molidae, esse bicho fascinante tem um visual diferente de tudo o que você já viu e nada todo desajeitado. Prenda a respiração e embarque nesta viagem subaquática para descobrir mais sobre esse incrível habitante dos mares!
Existem algumas espécies diferentes dele. Entre elas, estão: Mola mola e Mola alexandrini.
Cadê você, “peixinho”?
O nosso “amiguinho” é enorme. Tem um corpo achatado e robusto, como se tivesse sido amassado por uma prensa gigante. Acrescente a isso duas grandes nadadeiras. Ele as usa para fluir pelos oceanos tropicais e temperados, onde pode ser encontrado aproveitando as águas quentinhas e as temperaturas variadas, explorando a costa da África, América, Ásia e Austrália. O peixe-lua é mesmo um viajante aquático!
Ficha do animal
Onde vive:
mares do Atlântico, Pacífico e Índico
Tamanho:
alcança três metros de comprimento e as fêmeas são maiores que os machos
Alimentação:
medusas, pequenos peixes, crustáceos e zooplâncton
Características:
o corpo tem o formato de lua,
possui toxinas venenosas para
os humanos
Pegando um bronze
Uma das características mais divertidas desse peixe é a sua tendência a nadar perto da superfície. Ele faz isso para se aquecer ao sol após mergulhos em águas mais frias. Além disso, é conhecido por sua natação preguiçosa e despreocupada. Afinal, pesando cerca de duas toneladas, não dá para ter uma arrancada veloz, não é?
Oi? Duas toneladas? Isso mesmo! Ele é considerado o maior peixe ósseo do mundo.
Outra razão para o peixe-lua adorar ficar na superfície é que, assim, ele facilita a aproximação das aves marinhas para que se alimentem dos parasitas que grudam nele. Essa relação entre os animais é chamada mutualismo, porque ambos saem beneficiados: o lua se livra dos parasitas que o incomodam, enquanto as aves obtêm uma refeição fácil.
Tente abrir bem a boca
Para capturar as presas, o peixe utiliza sua visão aguçada. Ele nada lentamente até suas vítimas, abrindo a boca – que é até pequena para seu tamanhão –, a fim de engolir tudo o que estiver ao alcance. Ação simples, mas eficaz! Sua dieta é diversificada, ou seja, come vários animais marinhos.
Tão pequenino ao nascer...
A reprodução da espécie é um evento curioso. Durante essa época, o peixe-lua se reúne em grandes grupos. As fêmeas depositam 300 milhões de ovos no oceano. Após a eclosão, saem dos ovos larvas que medem milímetros. Elas passam por metamorfoses até se tornarem adultas e atingirem um tamanho colossal.
Por causa dessa quantidade toda, o peixe-lua é considerado o vertebrado mais fértil do planeta.
Ele corre perigo!
O peixe-lua desempenha um papel crucial nos ecossistemas marinhos. Ele ajuda a controlar populações de medusas e outros organismos, mantendo o equilíbrio natural dos oceanos.
Infelizmente, nosso gigante enfrenta desafios, como a captura acidental em redes de pesca e o sufocamento ao engolir lixo. Segundo a União Internacional para Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (UICN), essa espécie está listada como vulnerável. Há iniciativas em andamento para cuidar do animal e de seus habitats. Programas de monitoramento, proteção de áreas marinhas e campanhas de conscientização são algumas das ações em curso para garantir que esse simpático grandalhão continue a nadar pelos oceanos.
2 Comments
Gostei muito do artigo! Achei interessante como o peixe-lua, apesar de desajeitado, tem um papel importante na preservação dos oceanos.
O peixe-lua é muito interessante mesmo. Agradecemos muitíssimo o seu comentário, Gustavo!