Toque trombetas com esse juiz
e vença qualquer batalha!
Por: Maria Gabriela I Arte: Rafael Barsottelli
Israel em apuros
Você sabe quantos soldados são necessários para vencer um combate contra 135 mil homens? Para Deus, a pergunta correta seria: quem pode derrotar um exército tão numeroso? Só o Senhor pode. Após um tempo de paz, os israelitas abandonaram o Todo-Poderoso novamente, e os midianitas tomaram a comida e os animais do povo de Deus. Diante disso, você imagina o que eles fizeram? Pediram ajuda ao Criador, e, mais uma vez, Ele enviou um juiz para salvá-los.
Eram arqueiros bem treinados que utilizavam os arcos para saquear a terra dos israelitas. Eles usavam camelos, conhecidos como “navios do deserto”, a fim de se moverem rapidamente e atacarem seus adversários de surpresa.
Chamado para a missão
Após o clamor dos israelitas por socorro, o Senhor lhes enviou Gideão. Ele era filho de Joás, da tribo de Manassés. O rapaz vinha de uma família simples e se achava o menor de sua casa. No entanto, o Altíssimo enviou um anjo para lhe dizer que ele era muito valente: [...] O Senhor é contigo, varão valoroso (Juízes 6.12).
Manassés formou, com a tribo de Efraim, a Casa de José. Em sua melhor época, seu território se espalhava ao longo do rio Jordão, formando duas metades, uma em cada lado do rio.
A morada de Gideão
Foi na pequena Ofra, onde Gideão viveu com seus familiares, que o ser celestial apareceu para ele e o chamou para ser juiz sobre Israel. Após esse momento, Gideão fez um altar a Deus e declarou: O Senhor é Paz (Juízes 6.24). Não é possível dizer com clareza a localização dessa cidade atualmente, mas documentos encontrados em Samaria, região montanhosa do Oriente Médio, registram que o lugar teve esse nome até o século 14. Após a dominação árabe, a região passou a ser conhecida como Far’ata, situada na parte Norte da Cisjordânia.
Destruindo os ídolos
Deus ordenou a Gideão que destruísse o altar de Baal e um poste que simbolizava Aserá, ídolos adorados pelos israelitas. O jovem também construiu um altar ao Senhor dos Exércitos, cumprindo, assim, toda a direção divina durante a noite. No dia seguinte, as pessoas da cidade quiseram punir o guerreiro, porém o pai dele o defendeu, mesmo sendo um dos que enalteciam aquelas imagens (Juízes 6.31).
A seleção dos 300
Com a primeira etapa do plano divino concluída, havia chegado a hora de salvar os israelitas, para que soubessem quem era o verdadeiro Deus. Os midianitas, os amalequitas e os povos do deserto se juntaram contra o povo do Senhor, mas haveria escapatória. Gideão, por sua vez, reuniu gente das tribos de Manassés, Zebulom, Aser e Naftali. No início, eram 32 mil homens, entretanto, em obediência ao Criador, essa quantidade foi diminuindo consideravelmente.
O modo como o Altíssimo reduziu o exército do Seu valente foi fascinante. Primeiro, disse a ele que enviasse para casa todos os que estavam com medo, restando dez mil. Depois, instruiu-o a levar os homens ao rio para matarem a sede. Apenas os que levaram a água à boca com as mãos, em vez de se ajoelharem para ingeri-la diretamente da fonte, foram escolhidos. Isso subtraiu o número para 300 soldados (Juízes 7.1-7).
A estratégia de vitória
O Senhor diminuiu a tropa a fim de que todos entendessem que Ele lhes garantiria a vitória. Gideão separou o exército em três grupos e pôs a estratégia bélica em ação durante a noite. Os israelitas foram até o acampamento dos inimigos, quebraram jarros e, segurando tochas na mão esquerda e tocando trombetas, fizeram um grande barulho gritando: Pelo Senhor e Gideão (Juízes 7.18). Com isso, os midianitas ficaram confusos, lutaram entre si, e Gideão atacou os líderes deles, vencendo a guerra (Juízes 8. 22,23).
Eram feitas de chifre de carneiro e chamadas de shofar. O toque delas tinha um significado especial nas festividades dos israelitas e em ocasiões militares e religiosas.
Fé inabalável
Em cada passo que deu, Gideão confiou no Altíssimo. Deus é capaz de tudo, até de chamar quem se acha menor e fazê-lo grande para que Seu Nome seja louvado. Israel teve o livramento, e a paz reinou durante 40 anos enquanto Gideão viveu.