Por: Sandro Miranda | Arte: Eric Codo, Freepik e Adobe Stock
Você já ouviu falar em esponjas-de-vidro?
A Hexactinellida, conhecida como esponja-de-vidro, está entre os organismos mais fascinantes das profundezas do mar. Elas apresentam formato de cilindro e são compridas, com altura que varia de 30 a 40 centímetros; no entanto, algumas espécies chegam a um metro. Vivem em águas tropicais e possuem coloração esbranquiçada, quase transparente, mas não são de vidro. Recebem esse nome apenas pela impressão que se tem ao olhar para elas. Por vezes, essas esponjas são confundidas com plantas, por serem amolecidas. A maior parte vive presa a superfícies duras no fundo do mar e se alimenta de pequenas bactérias e de plâncton que a própria espécie filtra da água ao redor. Como possuem o corpo todo furadinho, as esponjas-de-vidro acabam servindo de lar para peixes e outros animais menores.
Existem hipopótamos “surfistas”?
Sim, e eles moram no Gabão, um pequeno país na África Central. Mas, antes de tentar imaginar como esses animais que pesam quase duas toneladas se equilibram em cima de uma prancha, saiba que o “surfe” deles não precisa disso. O Parque Nacional de Loango é a casa dos hipopótamos, um recanto isolado, banhado pelo Oceano Atlântico. Por lá, os mamíferos entram na água para se deslocar em busca de comida e acabam aproveitando as ondulações do mar. Apesar de gigantescos e pesados, eles boiam, nadam e pegam vários “jacarés”, como são chamados os movimentos feitos quando eles se deixam levar pelas ondas que passam. Isso é fantástico!
Por que os alimentos ficam com sabor ruim depois que escovamos os dentes?
Isso acontece devido ao contato entre os produtos presentes na pasta de dentes e a língua, especificamente as papilas gustativas, pequenas estruturas que detectam o sabor. Os cremes dentais, geralmente, possuem ingredientes especiais que ajudam a limpar a arcada dentária e a promover a saúde bucal. No entanto, essas substâncias têm o potencial de afetar as papilas, impedindo, temporariamente, as sensações de doce, e, assim, alteram o paladar. Essa é uma das razões pelas quais os alimentos ficam com um gosto estranho. Além disso, o flúor presente em muitas pastas pode deixar resíduos na boca, o que causa uma sensação diferente. Mas não se preocupe! Tudo isso é passageiro. O importante é manter a escovação em dia, hein?!
Como são feitas as rolhas de cortiças?
Elas são criadas a partir de um material retirado da casca do sobreiro (Quercus suber), uma árvore que é da família do carvalho. A cortiça é extraída manualmente, o que ocorre, em geral, a cada nove anos, tempo em que o sobreiro cresce novamente. Após a colheita, a casca fica secando ao ar livre por meses. Nesse processo, ela encolhe e fica plana e rígida. Na sequência, a casca é cozida em água para retirar as impurezas. Depois, é cortada em pedaços menores no formato de rolha. Há ainda a inspeção final. Trata-se de um trabalho árduo, o que garante a qualidade do produto ao selar uma garrafa. Vale ressaltar que nenhuma árvore é cortada durante o processo.
Lucas foi discípulo de Jesus ou de Paulo?
O evangelista Lucas foi, efetivamente, discípulo de Paulo, apóstolo que levou a Palavra ao mundo pagão. Lucas era um homem comum, que estudou Medicina e ajudou muitas pessoas, curando as doenças, as feridas físicas e as dores da alma. Ainda assim, podemos dizer que ele também foi um discípulo de Cristo. Afinal, por mais que não tenha conhecido Jesus na Terra, esse servo foi instrumento nas mãos do Senhor e, ainda jovem, respondeu ao seu chamado missionário, levando esperança aos necessitados. Lucas escreveu o evangelho mais detalhado da Bíblia, fruto de bastante estudo e dedicação (Lucas 1–24).
Onças ficam em cima das árvores?
Há uma crença de que, se você estiver fugindo de uma onça, basta subir em alguma árvore para ficar a salvo. Mas saiba que isso pode não adiantar! Existem animais que não só conseguem escalar árvores, como também gostam de tirar uma soneca no alto delas. É o caso da onça-pintada. Seu habitat natural é o chão. Porém, quando os rios da Amazônia enchem, acabam cobrindo o solo onde ela vive. Isso dura cerca de três meses por ano. O jeito, então, para sobreviver, é subir em árvores de 20 a 30 metros. Já pensou em uma onça caindo dessa altura?
Sabia que o nome do Brasil já foi Pindorama?
Esse teria sido o primeiro nome dado ao nosso país pelos indígenas, antes de os portugueses chegarem. A palavra vem do tupi-guarani e significa Terra das Palmeiras, pois havia muita vegetação desse tipo por aqui. Na fase colonial, o Brasil teve outros nomes: Ilha de Vera Cruz (1500), Terra Nova (1501), Terra dos Papagaios (1501), Terra de Vera Cruz (1503), Terra de Santa Cruz (1503), Terra Santa Cruz do Brasil (1505), Terra do Brasil (1505) e Brasil (desde 1527). Até hoje, existem povos indígenas que preferem chamá-lo de Pindorama, preservando a nomenclatura original. Além disso, Pindorama é o nome de um município que é localizado em São Paulo e possui 17 mil habitantes (Censo-2021). Interessante!
Todos os animais têm umbigo?
Todos não. Mas existem outros animais, além do homem, que possuem umbigo. São os chamados placentários – seres que foram gerados na placenta da mãe e nasceram com cordão umbilical, o qual serve para alimentar o feto dentro do útero. Esse cordão é cortado pelo médico no nascimento do neném, porque ele não terá mais serventia. Fora da barriga da mãe, o bebê receberá outros alimentos, como o leite materno. O que resta, portanto, é uma cicatriz, chamada de umbigo. Por sua vez, os cangurus, os gambás e os ornitorrincos, apesar de serem mamíferos, não são gerados com cordão umbilical. Já os cachorros e gatos têm umbigo, por mais que seja escondido e diferente do nosso.