Por: Sandro Miranda I Arte: Rafael Barsottelli
Uma nova história
A história da libertação dos hebreus está no livro de Êxodo. Abra a sua Bíblia para conferir! A passagem registra o momento em que Deus libertou o Seu povo escravizado no Egito e o pôs rumo a um novo destino: Canaã, a Terra Prometida. Aquele episódio deveria ser preservado na memória daqueles servos: Esta noite se guardará ao SENHOR, porque nela os tirou da terra do Egito; esta é a noite do SENHOR, que devem guardar todos os filhos de Israel nas suas gerações (Êxodo 12.42).
Seguindo a orientação
Mesmo depois de sofrer por causa das nove pragas no Egito, o Faraó continuou a se recusar a liberar os hebreus. Então, o Criador por intermédio de Moisés, deu instruções aos filhos de Israel. Isso porque, em uma noite, a décima praga atingiria o primogênito (filho mais velho) das famílias egípcias. Para a nação eleita se livrar desse mal, teria de sacrificar um cordeiro (ou cabrito) e passar um pouco do sangue na porta de cada casa e preparar uma ceia. O sangue seria um sinal para que o lar daqueles que temiam a Deus fosse guardado. O povo obedeceu à orientação. Assim, o Altíssimo mostrou a Sua misericórdia com os Seus e os protegeu da tragédia (Êxodo 12.23,24).
Devido à morte do primogênito do Faraó, ele ficou desnorteado e, assim, deixou os hebreus partirem. O Senhor concedeu diversas oportunidades a esse soberano, falando-lhe das consequências da desobediência. Porém, o coração endurecido daquele homem não lhe permitiu ouvir a mensagem divina.
Para sempre se lembrar
Depois de terem escapado do cativeiro egípcio, as famílias hebreias obedeceram ao Todo-Poderoso. Elas sempre se recordaram desse dia com um jantar! As Escrituras Sagradas contam alguns detalhes de como era essa celebração. No dia 10 de nisã (considerado o primeiro mês do ano com 30 dias), elas pegavam um cordeiro (ou cabrito) com um ano de idade e o abatiam no dia 14.
O sacrifício dos animais simbolizava a libertação conquistada a partir do sangue deles. Os servos do Altíssimo, então, comiam a carne, as ervas amargas, o pão sem fermento (ingrediente que faz a massa crescer) e tomavam o vinho. Por causa da cor avermelhada, a bebida simbolizava o sangue na porta dos hebreus, salvos da passagem da praga.
Ao longo do dia, havia música, e as pessoas dançavam com alegria. O jantar especial (Páscoa) era uma ótima oportunidade para os pais conversarem com os filhos sobre as histórias de seu povo e o amor de Deus. Você também bate papo em casa sobre as histórias bíblicas? Se não, é uma ótima ideia, não acha?
Após a data, o povo emendava com a Festividade dos Pães sem Fermento por sete dias! Era animação que não acabava mais!