O dik-dik possui características incríveis! Confira!
Por: Maria Gabriela I Arte: Eric Codo
Ficha do animal
Onde vive: Leste e Sul da África
Tamanho: entre 30 a 40 centímetros de altura e 50 a 70 centímetros de comprimento
Alimentação: folhagem, brotos e frutas
Pode pegar no colo?
O dik-dik é um dos menores antílopes do mundo, tendo o tamanho equivalente ao de um cachorro doméstico. Ele faz parte do gênero madoque e aparece na natureza por meio de quatro espécies. São elas: dik-dik de Guenther (Madoqua guentheri), Salt’s dik-dik (M. saltiana), o dik-dik Prateado (M. piacentinii) e o dik-dik de Kirk (M. kirkii). Nomes diferentões, não é mesmo?
Arma secreta
Esse animal é recoberto, na maioria das vezes, por pelos cinza-acastanhados nas costas e castanhos na barriga. Mas o que chama a atenção nele são os olhos grandes e castanhos. No canto interno de cada olho, há glândulas pré-orbitais que liberam uma secreção escura, pegajosa e com cheiro forte. Ela é usada para marcar o território. É isso mesmo! Para dizer que a área já tem dono, o dik-dik esfrega a secreção nas plantas e nos galhos.
De onde veio o nome?
Você gosta de brincar de esconde-esconde? O dik-dik também. Ele fica um tempão entre arbustos. Porém, é mais esperteza do que brincadeira. Essa ação é para se proteger de predadores, como hienas, águias e leopardos. Quando precisa fugir, ele corre em zigue-zague, podendo atingir a velocidade de 40 quilômetros por hora. Para alertar os outros sobre o perigo, o pequeno antílope emite um som estridente com o nariz, que soa como dik-dik.
Um baita nariz
O dikzinho (para os íntimos) tem um focinho alongado que, além de ser usado para o olfato, em algumas espécies, serve para pegar coisas. O nariz também ajuda no resfriamento do corpo. Quando fica muito quente, ele ofega para empurrar o sangue para dentro de seu focinho. Nessa área, o sangue se torna mais frio por meio da evaporação antes de voltar a circular pelo corpo. Esse mecanismo impede o mamífero de superaquecer. Que genial!
Mastiga, mastiga, mastiga
Por conseguir fazer o resfriamento, o dik-dik obtém a água de que necessita da vegetação que come. Ah, por falar nisso, as raízes, as gramas e as bagas – frutinho com múltiplas sementes – são os pratos preferidos dele. Chega a ser engraçado como mastiga. Os movimentos são tão rápidos com a boca que, observando de longe, parece que ele está falando. Deve ser assim ligeirinho porque precisa comer bastante, sua exigência de energia é alta.
Casal modelo
A fêmea é maior que o macho e não possui chifres. Já ele tem dois na base da cabeça, e, no meio deles, há um tufo de cabelo que vai até a testa. Esse antílope é companheiraço de seu par, raramente é visto sozinho nos passeios noturnos. A mãe dik pode ter dois filhotes por ano. A cria fica com os pais até os sete meses, quando já está pronta para viver de forma independente.
O perigo vem do homem
Um dos grandes desafios enfrentados pelo dik-dik é a caça humana. Outra situação desfavorável é a expansão dos assentamentos agrícolas e da população humana, que afeta o seu habitat. Mas ele se adapta às mudanças na vegetação e consegue viver em matagais e áreas de pastagem. Ainda bem!