Os hebreus perderam força com a divisão do Reino entre Norte e Sul
Por: Diego Fraguas I Arte: Rafael Barsottelli
Monarquia em perigo
A monarquia dos hebreus foi marcada pelo reinado de Salomão. Conhecido como o homem mais sábio do mundo, ele edificou o Primeiro Templo. Além disso, ainda modernizou o exército do reino. No entanto, no fim do seu mandato, os pobres não estavam satisfeitos devido aos altos impostos. Com a morte de Salomão, o filho dele, Roboão, ascendeu ao trono, assumindo as 12 tribos que formavam a nação unificada. O que já estava ruim ficou ainda pior, já que o novo rei se recusou a ouvir a população, seguindo somente a voz de seus conselheiros. Isso fez as tribos do Norte se levantarem contra Roboão. Tudo sob o comando de Jeroboão, que pertencia à tribo de Efraim.
Dois reinos
A rivalidade entre Roboão e Jeroboão ficou intensa, provocando o Cisma Hebraico, que consistiu na divisão política e religiosa das 12 tribos e o fim da monarquia que unia os hebreus. Coube, então, ao filho de Salomão ficar com o reino de Judá (reino do Sul), nos territórios das tribos de Judá e Benjamim, em torno de Jerusalém. Jeroboão, por sua vez, fundou o reino de Israel (reino do Norte), que era composto por dez tribos.
Do início à queda
O reino do Norte, liderado por Jeroboão, teve como capital Samaria. Ele tinha melhor organização política, embora seus habitantes praticassem constantemente a idolatria a falsos deuses. Ao todo, 19 reis subiram ao trono, e seu tempo de duração foi de, aproximadamente, 200 anos. Em 722 antes de Cristo, acabou dominado e totalmente destruído pelo poderoso império Assírio. Com isso, as dez tribos do Norte desapareceram da história daquele povo.
Destruição do templo
O reino do Sul, comandado por Roboão, teve o tempo de duração mais longo. Com sua capital Jerusalém, permaneceu de pé por 350 anos. Todos os seus 19 reis foram da linhagem de Davi. No entanto, ele acabou também dominado por inimigos estrangeiros. Em 586 antes de Cristo, foi invadido pelos babilônios, sob a liderança de Nabucodonosor. Na ocasião, houve a destruição de Jerusalém e do Templo. Algo que ficou marcado para sempre na história!
Cativeiro babilônico
A conquista babilônica pôs fim ao período do Primeiro Templo. Os hebreus, conhecidos como judeus, foram levados prisioneiros para a Babilônia, na Mesopotâmia (hoje o Iraque), o que deu início à diáspora judaica. Mas o que poderia ter acabado de vez com esse povo, fez com que ele alimentasse ainda mais o desejo de voltar à sua pátria. Às margens dos rios da terra estrangeira, os judeus permaneceram acreditando na Palavra de Deus e se lembrando com amor de Jerusalém (Salmo 137.5,6).
Retorno a Israel
O primeiro retorno a Israel só aconteceu 70 anos depois do cativeiro, por meio de um decreto do rei Ciro, da Pérsia, que dominou os babilônios. Liderados por Zorobabel, descendente da Casa de Davi, 50 mil judeus voltaram à Palestina, agora controlada pelos persas. Menos de um século depois, o segundo retorno foi conduzido por Esdras, o Escriba. Foi ele quem iniciou a construção do Segundo Templo, no mesmo local do Primeiro, e a fortificação de Jerusalém, com a restauração de suas muralhas. Esse período marcou o segundo estado judeu. De volta à terra natal, os judeus ainda viveram muitos conflitos até a criação do Estado de Israel, mas isso é tema da próxima edição.
14 Comments
Gostei muito,todos as pessoas deviam estudar mais esta matéria. Parabéns a todos 👏
Agradecemos muitíssimo o seu comentário, Rubens! Deus o abençoe!
Muito bom , parabéns
Agradecemos o comentário, Railton! Deus o abençoe!
Amei a forma de passar o conhecimento de forma simples e clara. Parabéns!
Oi, Dilma! Que bom que gostou do nosso texto! Agradecemos o comentário! Deus a abençoe!
Já estudei a cerca da divisão do Reino de Israel Norte e Sul, mas essa síntese dos SENHORES me fez relembrar essa HISTÓRIA FASCINANTE e EDIFICANTE. OBRIGADO…!
Que bom que gostou, Wylton! Nossos textos têm muita pesquisa e um revisor teológico. Sendo assim, tudo é muito bem pensando para entregar o melhor que podemos.
Gostei da explicação bem clara. Gostei do colorido tb 😊
Que bom que gostou, Celia! Todo o nosso trabalho é feito como muita dedicação! Deus a abençoe!
Que texto maravilhoso! Parabéns!
Ficamos felizes que tenha gostado, Elaine! A paz!
Matéria edificante meu irmão;que Deus continue abençoando sua vida cada exemplo mais,te usando como instrumento para transmitir mais estudos como este.Fique na paz…
As histórias da Bíblia são realmente edificantes. Agradecemos o comentário! A paz!