Entenda como as emoções podem influenciar nossas decisões financeiras
Por: Sandro Miranda I Arte: Freepik
Comprei, mas precisava mesmo?
Já parou para pensar por que, em certas ocasiões, compramos algo de que nem sequer precisamos? Muitas vezes, isso acontece porque somos influenciados por nossas emoções nessa hora. Pode se tratar de um brinquedo no shopping ou até uma roupa de um personagem que você tanto admira. Atenção! Na hora de usar o dinheiro, é importante acalmar o coração e refletir!
A ciência por trás das compras
Já ouviu falar sobre a Psicologia Financeira? Ela estuda como os pensamentos, as emoções e os comportamentos influenciam as decisões de gastar ou economizar. Por exemplo, quando você vê um tênis na vitrine de uma loja e logo sente vontade de tê-lo, mesmo já possuindo outros calçados. Então, é importante parar e refletir: “Eu realmente preciso de mais um par?” Será que você não está se deixando levar pela forma como o tênis lhe foi apresentado?
Com a Psicologia do Dinheiro, é possível conhecer melhor as nossas necessidades, entender o que realmente é essencial, aprender a controlar os gastos e modificar comportamentos prejudiciais, como a impulsividade e a falta de planejamento. E sim, criança também deve planejar as suas finanças!
Cuidado com o poder da propaganda
Você já reparou que a propaganda e os influenciadores digitais estão, a todo momento, tentando nos convencer a comprar? Muitas vezes, eles nos mostram produtos incríveis, dos quais não precisamos de verdade. Nessa hora, é importante ter domínio próprio, como nos ensinam as Escrituras em Gálatas 5.22,23. O autocontrole é fundamental para não gastar por impulso.
O cérebro pode enganar você?
Quando compramos algo que queremos muito, o cérebro libera uma substância chamada dopamina, que oferece satisfação ao corpo. Porém, essa sensação não dura para sempre. Logo, achamos que precisamos comprar mais e mais coisas para sentir aquele prazer novamente. Só que o dinheiro não é infinito, por isso, se você sair gastando tudo, uma hora ele acabará. Olha que perigo!
A dopamina pode aparecer em vários outros momentos, como ao receber uma boa nota na escola, ganhar um presente, reencontrar um amigo querido, louvar na igreja, agradar ao próximo. Quando você economiza para alcançar um objetivo, como comprar algo especial, a sensação de conquista também vem da dopamina. Isso é a recompensa pelo seu esforço e planejamento de atingir aquela meta.
Satisfação que dura: uma conquista planejada
Quando você gasta além do que tem, pode acabar sentindo ansiedade e frustração, e Deus não deseja isso para nós. A Bíblia antecipa situações justamente para que as evitemos: Na casa do sábio há tesouros valiosos e azeite, mas o tolo devora tudo o que pode (Provérbios 21.20 – NVI). Economizar, além de ser um hábito inteligente, nos traz uma satisfação duradoura, porque valorizamos mais o que conquistamos com esforço.
Veja algumas dicas práticas para gastar com sabedoria:
• Espere 24 horas antes de comprar: isso ajuda você a entender se realmente quer aquele item.
• Faça uma lista de prioridades: ter um plano de compras auxilia você a saber o que é realmente importante.
• Economize parte da mesada: Guardar dinheiro é uma ótima maneira para comprar algo que você queira de verdade no futuro, ao invés de gastar tudo.
• Prefira qualidade à quantidade: Em vez de torrar o seu dinheiro em vários brinquedos, dê preferência para aqueles que durarão mais e oferecerão diversão por bastante tempo.
Criando bons hábitos desde cedo
Aprender a usar o dinheiro de maneira sábia pode evitar problemas futuros. Isso porque ele não é apenas para gastar, mas também para alcançar grandes objetivos. Agora que você sabe a importância do autocontrole, administrar suas finanças será mais fácil. O benefício disso é poder ter mais segurança e liberdade e pôr em prática a generosidade, algo que o Senhor espera de nós: [...] sejam bons e atenciosos uns para com os outros (Efésios 4.32 – NTLH). A administração financeira permite que ajudemos os outros e honremos a Deus.