Por: Sandro Miranda I Arte: Rafael Barsottelli
Uma ocupação milenar
Há milênios, a ovelha é um animal muito útil para o homem. Mas, no período bíblico, essa relação ficou ainda mais evidente. Da lã, eram confeccionados tapetes e cobertores. Da carne e do leite, provinham alimentos que sustentavam as famílias (Ezequiel 34.3). Por ser dócil, esse animalzinho era facilmente domesticado. O problema é que um rebanho não é composto só por uma ovelha, e sim dezenas, centenas e até milhares delas. Cabia então ao pastor, um homem do campo, cuidar de todas para que pudessem viver saudáveis.
Mais difícil do que parece
Nos tempos bíblicos, a profissão de pastor de ovelhas exigia empenho, paciência e vigilância. Quem se dedicava a esse ofício precisava conduzir seu rebanho a pastos verdes e fontes de água, o que incluía percorrer longas distâncias, encarar o frio e o calor e dormir pouco a fim de vigiar todos os animais. Nessa missão, o pastor podia contar com a ajuda de um cão para manter as ovelhas próximas. Além disso, era comum que algumas tivessem uma perna presa ao rabo, para dificultar tentativas de fuga.
Diante de tanto zelo, existia uma conexão forte entre o pastor e as ovelhas a ponto de as pequeninas o reconhecerem pela voz. Percebe certa semelhança com o nosso Salvador? Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido (João 10.14).
Todo cuidado era pouco
O inverno rigoroso era uma preocupação. Com seu cajado, chamado bordão, o pastor levava os bichinhos a outro local uma semana antes da Páscoa, em abril, e voltava somente em novembro, quando a temperatura melhorava. Durante o transporte, ele andava à frente das ovelhas. À noite, elas iam para um curral, cercado de muros altos e espinheiros. Era assim para impedir a entrada de ladrões e animais selvagens, como lobos, hienas, chacais e até ursos.
Quase um veterinário
O pastor cuidava das ovelhas doentes ou feridas. Sem muito estudo ou ferramentas apropriadas, aprendia a salvá-las na prática. Ao atuar como veterinário, ele também castrava os carneiros que não deveriam procriar. Além disso, tratava das ovelhas prestes a dar à luz e dos cordeirinhos recém-nascidos.
Pagamento do dízimo: Durante a jornada, o pastor tinha a obrigação de pagar o dízimo do rebanho. Isso era lei. Do contrário, ele não poderia seguir viagem. A cada dez portões por onde passava, deveria deixar uma ovelha para os sacerdotes.
De onde vem a palavra pastor?
Em Israel, havia enormes manadas; logo, era comum ver ovelhas pastando. Foi daí que nasceu a palavra pastor, homem que levava os rebanhos de um pasto para outro. A afinidade dele com as ovelhas era tão grande que ficava triste quando perdia uma, assim como Cristo fica ao ver uma alma perdida. Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas (João 10.11).
As “ovelhas desgarradas”
Quando alguém desobedece à Palavra do Senhor e se esquece do que Ele diz, torna-se uma “ovelha desgarrada”. E isso é muito ruim, porque ninguém gosta de se sentir perdido, distante dos outros, sem rumo. É por isso que o Pastor fica atento e Se preocupa em manter todos unidos, para que sigam o caminho correto.
Se você chegou até aqui na leitura, já é capaz de entender o que significa a passagem de João 10.1-18, falada lá no início. Jesus Cristo é o bom Pastor que guia você. Ele orienta Suas ovelhas e cuida delas com Seu infinito amor!
6 Comments
Quero aprender a ser um pastor no profundo
Peça orientação a Deus, que é bom e não deixa ninguém sem resposta.
Muito bom
Agradecemos o comentário, Warlen! A paz!
Ótima forma de falar do nosso bom pastor para crianças e ensinarem a serem verdadeiras ovelhas.
Parabéns!
Legal mesmo, não é Shirlene? Agradecemos o comentário!