Como um simples desenho se transforma
em uma história animada
Por: Sandro Miranda I Arte: Freepik
Desenhos que dançam
Imagine que você ganhou um caderno novinho. Nele, desenha um sol e um leão, alterando um pouco a posição deles em cada página. Ao passar as folhas rapidamente, parece que as ilustrações se movem, certo? Essa é a ideia básica por trás da animação 2D. Por meio dela, artistas e animadores criam imagens planas em um ambiente bidimensional.
Sabe o sol e o leão que você acabou de imaginar nas folhas de papel? Esses desenhos são planos, isto é, sem espessura ou profundidade, e bidimensionais, possuindo duas dimensões (“Bi” vem do latim e significa dois). Você pode fazer com que eles sejam mais largos (para os lados) ou mais altos (para cima e para baixo). No entanto, essas figuras não parecem reais, como algo que podemos segurar e olhar de todos os ângulos, porque não têm a terceira dimensão, que é a profundidade.
Satélites, foguetes e... lixo!
O lixo espacial é formado por objetos feitos pelo homem que orbitam a Terra e não têm mais função. Isso inclui satélites fora de operação, partes de foguetes, fragmentos resultantes de colisões e até ferramentas perdidas por astronautas durante missões espaciais. De acordo com a Agência Espacial Europeia (ESA), existem 130 milhões de objetos orbitando o globo! A maior parte é pequena, do tamanho de uma unha ou de um grão de areia. Entretanto, há outros itens bem grandes, de dimensões semelhantes às de um ônibus ou uma geladeira. Dá para acreditar?
Atualmente, 500 mil pedaços de lixo espacial, com um centímetro ou mais de diâmetro, podem estar orbitando nosso planeta. Isso sem contar os mais de 23 mil objetos com 10 centímetros ou mais. E eles estão se movendo a uma velocidade que pode ultrapassar 28 mil quilômetros por hora. Esse número é muito superior à velocidade que qualquer avião, trem ou carro pode atingir.
Grandes nomes da animação
A história dos desenhos animados em 2D é rica e cheia de curiosidades. Eles surgiram no início do século 20 e evoluíram significativamente, desde os primeiros experimentos com imagens em movimento até a Era digital que vivemos hoje. Entre os profissionais que mais se destacaram nesse campo, estão: Émile Cohl, Winsor McCay, Walt Disney, William Hanna e Joseph Barbera.
Do lápis ao digital
Antigamente, animar um desenho 2D era um processo extremamente lento. Já pensou na trabalheira que dava para desenhar quadro a quadro, ampliando os mais simples movimentos, um a um, para os personagens parecerem reais? Com o tempo, algumas tecnologias apareceram para dar uma forcinha nessa tarefa. Hoje em dia, os animadores utilizam softwares, que são programas de computador, como o Adobe Animate e o Toon Boom. Eles permitem que os profissionais desenhem e animem tudo de forma mais rápida e eficiente, ganhando tempo.
Criando movimentos
Na animação, para criar movimentos realistas e expressivos, há três princípios fundamentais. O primeiro é o timing (temporização), que corresponde ao ritmo das ações e é crucial para determinar a velocidade e o tempo de cada movimento. Em segundo lugar, vem o squash and stretch (compressão e estiramento), que adiciona flexibilidade e fluidez ao movimento dos personagens. E, por fim, o easing (aceleração e desaceleração), que descreve como os movimentos iniciarão e terminarão de forma suave, evitando inícios e términos abruptos e criando uma transição mais natural. Agora, vamos explorar a fundo algumas etapas desse processo?
1. Concepção e desenvolvimento do roteiro: Tudo começa com uma ideia inicial seguida por um roteiro detalhado. Esse documento descreve o enredo, os diálogos, as ações dos personagens e as transições de cena.
2. Storyboard: Onde o roteiro é visualizado por meio de desenhos sequenciais. Ele ajuda a planejar como a história será contada, incluindo ângulos de câmera, movimento dos personagens e transições entre as cenas.
3. Design de personagens e cenários: Desenvolvimento dos personagens e seus ambientes, considerando personalidade, aparência e papel na narrativa.
4. Animação: Criação de keyframes (quadros-chaves), que representam os pontos principais de movimento ou mudanças nas expressões dos personagens. Para preencher os movimentos entre os keyframes, são produzidos os inbetweens, gerando uma animação fluida. Além deles, outras técnicas que ajudam a dar mais realismo às animações são incluídas.
5. Colorização e texturização: Após a animação, os desenhos são coloridos e texturizados digitalmente. Nessa etapa, há o aperfeiçoamento dos personagens e cenários.
6. Pós-produção: Adição de efeitos sonoros, música, edição final e renderização (finalização da animação processada em um arquivo de vídeo).
7. Distribuição: Publicação da animação em diversas plataformas, como TV, cinemas, internet.
Animações valiosas
Os desenhos animados 2D possuem diversas finalidades, como divertir e informar. Mas há alguns que fazem mais do que isso. Os desenhos da Turminha da Graça, da Turma do Midinho e os clipes da Kellynha, por exemplo, semeiam a Palavra de Deus no solo fértil que é o coração da criança. Por falar nisso, que tal dar uma passadinha no canal oficial da Graça Kids no YouTube e aproveitar o conteúdo em 2D dessa galerinha?
2 Comments
Legal
Sim, muito legal, não é, o mundo da animação é dez! Deus a bençoe, Manu!