
Pegue a sua touca de natação, segure o fôlego e caia na piscina para curtir esse superesporte!
Por: Sandro Miranda | Fotos: Adobe Stock

Um tempão atrás...
O hóquei subaquático reúne os elementos que já existiam em outras versões do esporte (no gelo, na grama e em quadras) e combina com habilidades de natação e apneia. Mas como essa prática surgiu?
Tudo começou em 1954, na Inglaterra, com um oficial da marinha britânica chamado Alan Blake. Ele também era membro de um clube de mergulho quando inventou algo para aquecer o corpo dentro da piscina, nas épocas mais frias do ano. A ideia era manter os mergulhadores ativos durante o inverno, melhorando a movimentação deles e o trabalho em equipe.
Com o tempo, a modalidade se espalhou por outros países, adaptando-se a diferentes culturas e ganhando popularidade.
Em 1978, o hóquei subaquático foi reconhecido pela Confederação Mundial de Atividades Subaquáticas (CMAS), que estabeleceu as regras e organizou competições internacionais.
Atualmente, a modalidade é praticada em mais de 50 países, como Inglaterra, Portugal, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul, França, Canadá e Estados Unidos. No Brasil, a presença ainda é tímida. Clubes e associações de mergulho têm introduzido o hóquei subaquático em suas atividades.
O palco do espetáculo
O jogo é disputado em uma piscina com dimensões que variam entre 12 e 15 metros de largura, por 21 a 25 metros de comprimento e profundidade entre dois e quatro metros. Cada equipe é composta por dez jogadores, sendo seis titulares e quatro reservas.
As substituições são ilimitadas durante a partida. O objetivo é usar um stick (taco) para conduzir um disco de chumbo revestido de plástico, que pesa cerca de 1 quilo e meio, até a baliza adversária, localizada no fundo da piscina. As partidas são divididas em dois tempos de 15 minutos cada, com um intervalo de três minutos.
O “uniforme” dos atletas
Se você pensa que é só vestir a sunga ou o maiô, pegar o taco e entrar na água, errou feio! Além da vestimenta apropriada, os jogadores utilizam equipamentos básicos de mergulho, como máscara, snorkel e nadadeiras, além de luvas de proteção.
Outra parte importantíssima no jogo é a segurança. O uso de toucas com protetores auriculares é obrigatório para evitar lesões. É proibido: contato físico excessivo; usar de força desproporcional com os coleguinhas; fazer movimentos perigosos com o stick. Os árbitros subaquáticos monitoram o jogo a fim de garantir o cumprimento das regras.

O corpo todo em movimento
O hóquei subaquático combina diversas habilidades físicas, como resistência cardiovascular, capacidade de apneia (prender a respiração), agilidade e força. A estratégia é fundamental e envolve posicionamento tático, movimentação coordenada e boa comunicação entre os jogadores, mesmo com o desafio de ter de se movimentar dentro da piscina. O trabalho em equipe é essencial, pois o sucesso depende da cooperação e sincronização de todos. União é a palavra-chave!
Como os atletas não conseguem se ouvir debaixo d’água, eles preparam a estratégia antes do jogo, ou durante os intervalos, e treinam bastante.