
Entenda sobre a restrição do celular nas escolas e os benefícios da nova lei

#SemCelular
A volta às aulas deste ano começou diferente para você, seus colegas e professores, não foi? Isso por causa da Lei 15.100/25, que restringe o uso dos celulares nas escolas por alunos tanto da Rede Pública quanto da Rede Particular de ensino. Ela foi sancionada pelo atual presidente da República e tem a expectativa do Ministério da Educação (MEC) de aumentar a concentração em sala e estimular a interação social nos intervalos. Vamos saber mais sobre essa news?
A partir deste ano, os estudantes não podem utilizar celulares e outros dispositivos eletrônicos portáteis durante as aulas, no recreio e nos intervalos, a não ser em casos específicos. A exceção ocorre para fins pedagógicos, com autorização do professor, e para casos ligados à acessibilidade, saúde ou segurança.
Por que essa lei agora?
A restrição no uso de smartphones nas escolas ocorre há um bom tempo. Nos anos anteriores, cada lugar agia de acordo com o próprio entendimento sobre o assunto. No estado de São Paulo, por exemplo, desde 2007, a lei 12.730 proibia o uso de telefone celular nos estabelecimentos de ensino durante o horário de aula. Nos colégios municipais da cidade do Rio de Janeiro, por causa do decreto da prefeitura nº 53.918 de 2024, o celular dos estudantes deve ficar guardado na mochila, desligado ou ligado em modo silencioso. A diferença atualmente é que a lei 15.100/25 envolve todos os estados brasileiros, limitando o uso de dispositivos móveis dentro e fora de sala. Essa decisão tem motivos sérios.
A medida não é exclusiva do Brasil, outros países, como França, Espanha, Grécia, Dinamarca, Itália e Holanda já têm legislações que restringem uso de celular em escolas (Fonte: Agência Brasil).
Rotina escolar prejudicada
É verdade que a tecnologia ajudou no avanço do aprendizado e das práticas pedagógicas. Porém, o uso do celular em sala de aula também carrega pontos negativos que precisam ser considerados. A preocupação maior é com o desempenho dos estudantes e com a saúde física e mental deles. Essa constatação foi feita pela Unesco no Relatório de Monitoramento Global da Educação, realizado em 2023. O texto ressalta que o tempo prolongado de exposição à tela pode afetar de forma negativa o autocontrole e a estabilidade emocional, aumentando a ansiedade e a depressão. É ou não uma questão seríssima?
Algumas consequências negativas do uso excessivo de tela na escola são: distração durante as aulas; queda do desempenho acadêmico; exclusão e dificuldade de interação social com os colegas; situações propícias para prática de bullying e cyberbullying; entre outras. (Fonte: Escolaweb)
Dentro da sala

No colégio cristão Legacy School em Bangu, no Rio de Janeiro, a regra é clara: na hora de formar para a oração, os estudantes devem desligar os aparelhos e guardá-los na mochila. Diretora da unidade, a Profª Cristina Carvalheira acredita na importância da lei, principalmente do ponto de vista didático. No entanto, ela reconhece que essa novidade foi um pouco difícil para os alunos, evidenciando que a cooperação da família é fundamental para a escola implementar a lei de forma mais tranquila.
A Profª Cristina Carvalheira acredita na importância da lei
O coordenador da unidade e também professor de Língua Portuguesa Yan Passos afirma que agora os profissionais de educação têm amparo quando precisam impor ordem na garotada: “Consigo enxergar a lei como algo benéfico, principalmente da parte pedagógica”.

O coordenador e também professor de Língua Portuguesa Yan Passos reforça: “Consigo enxergar a lei como algo benéfico”

A estudante Nicolly Kethelly Alves, de 15 anos, concorda com o mestre: “Na sala, as pessoas não prestavam atenção. O professor falava, e ninguém dava a mínima. Já sem o celular, fica mais fácil eles ensinarem, e a gente ter um aprendizado melhor”, destaca. Ela complementa o pensamento dizendo: “O uso do aparelho durante as aulas não é construtivo para a vida dos alunos, pois esse é um momento para aprender”.
A aluna Nicolly cumprindo a lei: celular agora é desligado e guardado na mochila
A estudante Isabel Melo, de 16 anos, reconhece que o celular acaba sendo uma distração em sala: “A nossa geração está totalmente dependente das telas”. No entanto, ela gostaria que o uso do aparelho fosse equilibrado, sendo permitido na hora do intervalo. Será que ela mudará de ideia ao saber de todos os benefícios que ficar off-line também no recreio lhe trará?

As alunas Isabel Mello, à esquerda, e Nicolly Kethelly Alves, à direita, acharam ótimos os benefícios em sala após a lei
Na hora do recreio
ais esporte, mais conversa, mais brincadeiras e uma real socialização. A interação virtual possibilita encontros em ambientes simulados supercoloridos, com atrativos surpreendentes. Mas sabia que há uma diferença entre interação e socialização? Essa última pede mais tempo de resposta do amigo e construções de vínculos. E isso, sim, faz uma amizade ser verdadeira! Se for contar com a importância das atividades físicas, então, para o corpo permanecer saudável. Uma pesquisa recente da empresa Lenstore, no Reino Unido, mostrou que o Brasil está entre os primeiros da lista dos países onde as crianças têm mais dependência da internet. Os dados tiveram como base o tempo livre que não é gasto ao ar livre.
Logo, aproveite o recreio movimentando mais o corpo e conhecendo várias pessoas legais!
Tudo é lícito, porém...
O tema da nossa reportagem fez o Pr. Gustavo Lisboa, ministro do Evangelho da Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD) em Salvador, na Bahia, ir para uma lembrança interessante da infância: “Ainda me lembro do tempo em que existia um dia específico para levar brinquedos à escola”. Em seguida, falou sobre a lei, destacando um versículo bastante conhecido das Escrituras e próprio para este tempo: “Lemos em 1 Coríntios 10.23 que: Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam. Na sala de aula, o celular não vai edificar crianças em nada. Sabemos que há tempo para todas as coisas e para todos os propósitos”, finaliza.

Pr. Gustavo, da IIGD em Salvador, Bahia: “Na sala de aula, o celular não vai edificar crianças em nada”

2 Comments
Achei uma matéria importante. Gostei muito da iniciativa da Graça Kids em transmitir essa notícia através das redes sociais!!
Que maravilha! Também achamos muito importante as crianças terem esse conteúdo tão rico pertinho delas nas redes. Deus a abençoe!