Saiba mais sobre o processo de fabricação do lápis de cor!
Por: Sandro Miranda I Arte: Eric Codo e Freepik
Do grafite...
Colorir é uma das atividades das quais as crianças mais gostam. Você curte? Para isso, um dos recursos mais utilizados é o lápis de cor. Amarelo, azul, rosa... São cores à beça! Mas como será que eles são feitos? Antes de responder a essa questão, vamos descobrir como surgiu o lápis tradicional. Os primeiros instrumentos a usar grafite apareceram no século 16, na Inglaterra. Na época, cordas ou peles de animais eram enroladas em pedaços de grafites. Anos depois, os alemães escolheram a madeira para cobrir o mineral e facilitar o manuseio do lápis. A partir de então, várias evoluções aconteceram, acrescentando à mistura ceras, resinas, colas e pigmentos, o que deu origem aos lápis de cor!
Quantos lápis rende uma árvore?
Os lápis de cor que conhecemos são feitos a partir da madeira, geralmente o pinheiro (Pinus caribea). A árvore cresce por 14 anos até ficar pronta para ser cortada. Um tempão, não é verdade? Por outro lado, com um só pinheiro, é possível fazer até nove mil lápis. Para não haver desperdício, afinal o que é usado é um recurso natural finito, as toras mais finas que sobram, chamadas briguetes, podem servir de lenha para as caldeiras da fábrica, produzindo energia.
Colheita, corte e cor!
Para que um lápis de cor seja fabricado, a madeira com a qual ele será produzido passa por três etapas iniciais: a colheita, o corte e a cor. A colheita é a extração do pinheiro. Em seguida, a madeira é cortada em pedaços retangulares. Essas tabuinhas recebem ranhuras cilíndricas, que demarcam o buraco no meio do lápis, onde depois será colocado o miolinho. Então, elas passam por um processo de tingimento e necessitam de 60 dias para secar.
Mina preciosa!
A próxima etapa envolve a mina, que é o miolo colorido do lápis. Ela é feita em um laboratório e engloba um minério moído, de nome caulim, cera e água. A mistura desses ingredientes ainda recebe o pigmento na cor desejada. Sendo assim, a mina é feita de forma individual, uma cor por vez. Quando está pronta, ela é prensada e cortada no tamanho correto para o recheio do lápis. Porém, ainda precisa secar por 20 minutos, pois pode soltar tinta e quebrar facilmente.
Sanduíche perfeito!
Já no tamanho ideal, como canudinhos, as minas são transportadas em pequenos compartimentos, com todo cuidado. Lembra das tabuinhas? Elas vão formar um sanduíche com a mina. É como se as madeiras fossem o biscoito, e a mina o recheio. Entendeu? Nessa fase, cada mina é colada em uma ranhura da madeira, e, em seguida, outra tira de madeira é colada por cima. O processo requer mais 20 minutos na máquina até a cola deixar tudo bem grudadinho.
Banho de cor
Com os “sanduíches” feitos, eles são levados para uma máquina lapidadora, que vai fazer o último corte, dando ao lápis o formato que conhecemos. Após isso, as madeirinhas são levadas, para o tingimento na mesma cor da mina. Todos os lápis são mergulhados duas vezes na tinta, para que fiquem no tom escolhido. Em seguida, eles recebem o brilho do verniz e são conduzidos por uma esteira para ganhar as letras do fabricante, o nome e o número da cor.
Até as caixinhas!
E como eles ficam com pontas? Na etapa final, há um apontador automático que libera o produto para o controle de qualidade. Inúmeros profissionais analisam se o lápis está correto, com o tamanho, a dimensão, a cor e a ponta adequados. Se estiver tudo certo, eles recolocam o lápis nas esteiras que os levam para dentro das caixinhas. Esse processo envolve cada coloração, até que as caixas de lápis de cor estejam completas e prontas para chegar às nossas mãos. Esse processo envolve várias etapas e é muito interessante.