Confira a estreia desta editoria que trará o melhor do mundo dos esportes. Para começar, saiba como o breaking vai agitar os Jogos de Paris 2024!
Por: Sandro Miranda | Arte: Freepik
Raízes no Bronx dos anos de 1970
Imagine uma festa onde a pista de dança se transforma em um palco cheio de estilo e acrobacias. Isso é o breaking! Também conhecido como breakdance, ele é uma dança urbana que nasceu na periferia, em um bairro chamado Bronx, localizado em Nova Iorque (EUA). Na década de 1970, esse movimento artístico começou a ganhar forma, principalmente entre as comunidades afro-americanas e latinas. Com a dança, os jovens se distanciaram da violência das gangues de rua e passaram a se dedicar às batalhas pacíficas entre as crews.
No mundo do breaking, crew se refere a um grupo de dançarinos que treinam e competem juntos.
Do gueto ao palco olímpico
Com o passar do tempo, o breaking foi se popularizando [Veja na linha do tempo] até, em 2020, ser anunciado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) como uma modalidade dos Jogos Olímpicos de Paris, na França, em 2024. Esse reconhecimento marcou uma nova era para os praticantes dessa incrível arte.
Década de 1970Nascimento no Bronx
O breaking ganha forma nas comunidades afro-americanas e latinas do Bronx, em Nova Iorque.Década de 1980Popularização global
Filmes, como Beat street e Breaking, fazem a dança urbana ganhar o mundo.Década de 1980Primeiras batalhas
Dançarinos começam a se enfrentar em competições, popularizando a dança.Década de 1990Organização e crescimento
As batalhas de dança se tornam um evento comum com regras e juízes.Anos 2000Profissionalização
Surgem dançarinos profissionais e competições internacionais, consolidando o breaking como um esporte competitivo.Dezembro de 2020Inclusão no Programa Olímpico
O COI anuncia a inclusão do breaking nos Jogos Olímpicos de Paris 2024.Março de 2024Primeiro campeão brasileiro
Samuel Henrique, o b-boy Samuka, torna-se o primeiro brasileiro a vencer o campeonato mundial de break dance em Tóquio, no Japão.Agosto de 2024Estreia olímpica
O breaking faz sua estreia nos Jogos Olímpicos de Paris 2024.
Batidas contagiantes
No breaking, o DJ solta o som, e os competidores dão show nos passinhos. Os meninos são chamados de b-boys, e as meninas são conhecidas como b-girls. Durante a apresentação, eles fazem giros no chão, rodopios com a cabeça, e vale até equilibrar o corpo em uma mão só. Sabe aquele seu amigo que ama dançar? Pode ser que ele mande bem nessa modalidade!
A música é a alma do breaking. Os dançarinos, também chamados de breakers, movem-se ao ritmo de batidas vibrantes e contagiantes, geralmente o hip-hop. Cada batida é uma chance de mostrar um movimento diferente, além de muita personalidade e carisma para contagiar o público. Essa é a vibe!
E como será a disputa olímpica?
A competição contará com 32 atletas (16 homens e 16 mulheres) divididos em quatro grupos de quatro pessoas. Eles se apresentarão nos dias 9 e 10 de agosto na Praça da Concórdia, em Paris.
A disputa é simples: um grupo enfrenta o outro, compartilhando a música e assistindo de perto à apresentação do adversário. Atrás deles, ficarão os jurados, que observarão os breakers em uma melhor de três rodadas. Não existe empate. A cada bateria, haverá um vencedor, até sobrarem apenas os dois melhores, que farão a grande final, um contra um. Pensa no flow dos dançarinos!
Flow: Essa palavrinha diz respeito à fluidez e continuidade dos movimentos dos dançarinos.
Breakers para ficar de olho
Infelizmente, o Brasil não conseguiu classificar atletas para esta edição dos Jogos. Entre os grandes nomes mundiais da modalidade que estarão em Paris despontam o norte-americano, Victor Montalvo (conhecido como b-boy Victor), e o francês, Danis Civil (b-boy Dany Dann). Entre as meninas, destacam- -se a chinesa Liu Qingyi (b-girl 671) e a ucraniana Kateryna Pavlenko (b-girl Kate).
Passinhos clássicos no breaking
Toprock: movimentos realizados em pé. Inclui passos que iniciam a performance.
Downrock: movimentos no chão. Envolve o uso das mãos para equilibrar e mover o corpo.
Power moves: movimentos acrobáticos. Incluem giros e acrobacias, como o windmill e o headspin.
Freezes: posições congeladas. Os dançarinos param em poses estáticas que demonstram força e controle.
2 Comments
boa noite
gostaria de dizer que a edição 237 está muito legal, porém sentimos falta das paginas de atividades, para crianças menores que ainda não sabem ler era fundamental.
espero que retorne !
amamos a revista um ótimo trabalho a todos
Ainda temos partes do Divertindo na revista. As HQs também são um ótimo instrumento a ser utilizado com os pequeninos. Agradecemos o comentário e elogio! A paz!