
Joaquim nasceu sem respirar, mas o Senhor lhe soprou o fôlego de vida
Por: Sandro Miranda I Arte: Freepik I Fotos: Arquivo pessoal

Preso na barriguinha
Você ainda tem dentes de leite? O Joaquim Leonardo Silva Miranda, de cinco anos, está naquela fase em que eles começam a cair. “Já arranquei um dente de baixo e chorei”, admite. No entanto, em agosto de 2019, o menino, que mora em Belém, capital do Pará, enfrentou algo muito pior. Quando ainda estava na barriga da mãe, Joaquim ficou preso lá dentro durante o parto, entre a vida e a morte, com dificuldade para respirar e sem saber como o tirariam dali.
O sonho ameaçado
Tudo parecia correr bem durante a gravidez de Elaine de Jesus Silva Miranda. Aos 29 anos, o sonho de dar à luz estava prestes a ser realizado. Porém, na reta final, algo estranho aconteceu. A pressão dela subiu além da conta, e os médicos disseram que isso era perigoso para o bebê. “O coraçãozinho dele estava fraco. Foi o momento mais desesperador, porque eu não sabia o que iria acontecer. Chorei bastante”, recorda-se a atendente de Telemarketing, hoje com 34 anos.
Papai com medo
Como um fiel escudeiro, o contador Esaú da Costa Miranda, de 42 anos, não queria de jeito algum ficar longe da esposa. O casal, que frequenta a sede da Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD) em Belém, havia planejado cuidadosamente a chegada de Joaquim. Naquele momento, os pais oraram juntos, pedindo a Deus que cuidasse do menino. “Foi uma situação difícil. Senti um aperto grande no peito, porque parecia algo sem saída, mas me apeguei a Jesus”, lembra-se Esaú, sem imaginar tudo o que sucederia no parto.
Um grande silêncio
É comum o bebê chorar ao nascer, pois é uma reação à mudança radical de ambiente. Afinal, ele estava confortável, bem aquecidinho, e, do nada, alguém o puxa para um mundo cheio de luzes. Logo, esse choro mostra que o recém-nascido está saudável e pronto para a vida fora do útero. Entretanto, no caso de Joaquim, só havia silêncio. “Foi, ao mesmo tempo, o melhor e o pior momento da minha vida. Eu via o meu filho pela primeira vez, só que ele estava roxo, molinho, de tanto esforço que fez para sair”, relata Elaine. Mesmo atordoada por causa do parto, ela observou a enfermeira fazer massagem cardíaca em Joaquim, tentando reanimá-lo.
O sopro da vida
Esaú e Elaine se apegaram ao texto de Jeremias 29.11: Porque eu bem sei os pensamentos que penso de vós, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que esperais. Foi então que o milagre aconteceu diante dos olhos deles! De repente, Joaquim começou a reagir. O menino deu os primeiros sinais de que respirava e voltou a se mexer, para a alegria de todos. A evolução foi tão repentina que ele nem precisou ir para a incubadora. Pouco tempo depois, já estava no berçário, são e salvo.
Ele fala sempre comigo
“Joaquim nasceu morto”, frisa Esaú, que ficou o tempo todo olhando a enfermeira acudir o filho. “Orei ao Senhor Jesus, pedi por favor, e o Joaquim voltou. Aliás, voltou não, ele ressuscitou. Nunca me esquecerei daquela cena. Jesus falou grandemente comigo. Ele fala sempre comigo, mas, naquele dia, foi ainda mais especial”, revela o pai, emocionado.

Jesus, o nosso Guardião
Na capital paraense, onde Joaquim vive com a família, assim como em toda a região Norte do Brasil, o açaí é considerado um “guardião”, porque alimenta o povo, é fácil de encontrar e contribui para a economia local. Por enquanto, o pequeno fruto ainda não é tão apreciado pelo garotão, que gosta mesmo é de comer caldo de feijão, ovo e charque (carne seca). Mas ele já entendeu a importância de ter Jesus Cristo como o verdadeiro Guardião para todos os momentos de sua vida.
“Oro todo dia antes de dormir”, conta Joaquim, uma criança saudável e muita esperta, que adora brincar de carrinho com os primos, andar de patinete e frequentar a escola bíblica dominical com os pais.
