Viaje no tempo e aprenda sobre a
evolução das moedas e dos bancos
Por: Sandro Miranda I Arte: Banco de imagens Graça Kids e Freepik
Da troca às moedas
Por muitos séculos, as pessoas trocavam mercadorias, animais ou qualquer item de que necessitavam. Com o tempo, essa forma direta de negociação, conhecida como escambo, expandiu-se tanto que foi preciso criar algo que a representasse. Assim, surgiram as moedas. Elas eram feitas de metal e cunhadas, isto é, recebiam marteladas sobre uma peça de ferro com uma imagem, para que tal desenho a caracterizasse. As moedas ganhavam importância de acordo com o metal utilizado, como o ouro e a prata.
Por que não usamos moedas de ouro?
Você pode se perguntar: por que as moedinhas que conheço não são de ouro? Pois é... ao longo do tempo, metais menos raros tomaram lugar, por uma questão de demanda de produção. A aquisição das moedas passou a ser muito requisitada! Apesar disso, o valor monetário foi preservado, e as redondinhas continuaram a apresentar figuras históricas e símbolos culturais da sociedade.
A criação dos bancos
Para guardar tantas moedas, a ideia dos bancos veio à tona. A história é interessante! Os primeiros banqueiros eram negociantes de ouro e prata. Eles tinham um lugar para depositar seus tesouros e pessoas para vigiarem essas riquezas. Logo, começaram a fazer disso um serviço, emitindo recibos como garantia. Esses papéis se mostraram mais úteis de transportar e, assim, passaram a ter o valor das moedas, tornando-se as primeiras cédulas de papel-moeda.
Os primeiros bancos reconhecidos oficialmente foram o da Suécia, em 1656, da Inglaterra, em 1694, da França, em 1800, e do Brasil, em 1808.
Como eles funcionam?
Os bancos se tornaram instituições financeiras gigantescas em todo o mundo. Eles guardam o dinheiro de quem quer economizar, oferecem empréstimos e disponibilizam serviços financeiros, como saques e investimentos. No Brasil, o Banco Central (BC), desde 1965, supervisiona todas as casas monetárias, que são os bancos do país, garantindo que todas as regras sejam cumpridas.
Atualmente, existem bancos digitais que oferecem serviços on-line, como transferências e pagamentos. Isso facilitou a vida das pessoas, reduzindo o tempo gasto em filas nos bancos físicos. Ninguém merece isso, né?
Voltado às moedas...
Desde o denário romano até hoje, muitas moedas foram projetadas. As mais usadas no planeta são as dos países mais ricos. Nos Estados Unidos, por exemplo, elas apresentam os retratos de antigos presidentes. Assim, temos o penny, com Abraham Lincoln, o nickel, com Thomas Jefferson, o dime, com Franklin D. Roosevelt e o quarter, com George Washington. O Japão tem o iene, cunhado com o ano do imperador atual. No entanto, algumas edições já estamparam comemorações, como as dos Jogos Olímpicos de Inverno (1998).
Tá, mas e as nossas?
O Brasil tem uma variedade de moedas em circulação, que fazem parte do Real (BRL), estabelecido desde 1994. Elas possuem diferentes valores e apresentam características específicas que representam a cultura e a história do país. Vamos saber mais sobre elas?
• 1 centavo
– Anverso (parte da frente): efígie de Pedro Álvares Cabral ao lado de um navio simbolizando as navegações portuguesas. Dísticos: BRASIL e CABRAL.
– Reverso (parte de trás): valor, data e referência ao Pavilhão Nacional (bandeira do Brasil).
• 5 centavos
– Anverso: efígie de Joaquim José da Silva Xavier, ao lado dos dísticos BRASIL e TIRADENTES e do triângulo da bandeira dos inconfidentes, sobreposto por um pássaro que representa a liberdade e a paz.
– Reverso: valor, ano de cunhagem e alusão ao Pavilhão Nacional.
• 10 centavos
– Anverso: efígie de D. Pedro I, ao lado dos dísticos BRASIL e PEDRO I representando a cena da proclamação
da independência do país.
– Reverso: valor, ano de cunhagem e alusão ao
Pavilhão Nacional.
• 25 centavos
– Anverso: efígie de Marechal Deodoro da Fonseca.
– Reverso: valor, ano de cunhagem e alusão ao
Pavilhão Nacional.
• 50 centavos
– Anverso: efígie de José Maria da Silva Paranhos Júnior e dísticos BRASIL e RIO BRANCO.
– Reverso: valor, data e alusão ao Pavilhão Nacional.
• 1 Real
– Anverso: efígie da República (representação de uma figura feminina que simboliza a República brasileira), desenhos indígenas no anel e dístico BRASIL.
– Reverso: valor, data e alusão ao Pavilhão Nacional; desenhos indígenas no anel.
A moeda de 1 centavo ainda existe?
Ela parou de ser fabricada em 2004, devido ao alto custo de produção, mas ainda possui valor legal. Repare na notinha do supermercado!
Evolução...
Com o tempo, as moedas e os bancos evoluíram, adaptando-se às necessidades da sociedade e tornando-se elementos essenciais na economia global. Conhecer a história e a função dessas instituições ajuda a entender melhor como nosso dinheiro é gerido e valorizado. Assim, cada centavo guardado tem uma longa história de segurança e valor por trás.